Atualmente a preocupação com o intestino preso tem se
emancipado na mídia, estimulando as pessoas, de alguma forma, a
possuírem um intestino com funcionamento regular. Porém um intestino
regular não é sinônimo de flora intestinal saudável, já que muitos métodos
usados para estimular a evacuação são altamente destruidores da nossa flora
intestinal e o seu uso contínuo pode trazer consequências graves, como a
entrada de germes oportunistas e até mesmo o câncer de intestino, já que os
movimentos peristálticos acabam sendo desestimulados com o uso do laxante. Com
isso acaba se tornando um ciclo vicioso, e a busca por alternativas para fazer
o intestino funcionar fica frequente, agravando os episódios de constipação.
Além disso, a destruição da flora intestinal pode ser
acarretada pelo consumo excessivo de alimentos processados em
relação aos alimentos crus, o uso de antiinflamatórios, bem com
o uso de drogas ou ervas laxativas, que são comumente usados nos episódios de mau
funcionamento do intestino, que em sua maioria está relacionado ao estilo de
vida: dieta inadequada, sedentarismo e pouca ingestão de água.
Os fitoterápicos
laxativos visto por muitos de forma positiva, por considerarem naturais, como é
o caso do chá
de sene, também são altamente agressores da microbiota intestinal.
Tratamentos de patologias com uso de antibióticos orais
podem acarretar em danos na flora intestinal, pois a ação dos antibióticos é
destruir as bactérias causadoras da doença, mas ainda não são inteligentes a
tal ponto de identificar quais as bactérias são prejudiciais a aquele
organismo, com isso as colônias de bactérias benéficas para a saúde acabam
sendo destruídas.
Mas afinal, o que é a flora intestinal?
A microbiota ou flora intestinal são cerca de 100 trilhões
de bactérias, com 100 variedades em média. Elas participam da digestão,
absorção e síntese de ácidos graxos de cadeia curta,
vitaminas B e K. Contribuindo também, na redução de moléculas de
colesterol e exercendo um importante papel preventivo para a saúde, pois elas
favorecem a prevenção de diversas infecções intestinais, ajudam a eliminar
toxinas, melhoram o aspecto da pele e estimulam o sistema imunológico. Mas para
que ela cumpra com seu propósito é necessário que elas se mantenham em
equilíbrio e a alimentação se torna fundamental neste processo.
Algumas substâncias alimentares não digeríveis no trato
gastro intestinal superior, ao atingirem o cólon são metabolizadas e promovem o
crescimento da microbiota intestinal benéfica, tais substâncias são chamadas de
prebióticos, presentes em alimentos ricos em fibras
e nos frutooligossacarídeos (FOS), como cebola, alho, alguns grãos e mel. Além
delas ajudarem na manutenção da flora intestinal elas auxiliam no
trânsito intestinal e na consistência normal das fezes, prevenindo a
constipação.
Há também outra classe de substâncias, chamadas probióticos,
que contém bactérias vivas que produzem efeitos benéficos, favorecendo a flora
intestinal, presentes em alguns iogurtes e leite fermentados, as bifidobacterium
e lactobacillus favorecem a síntese de vitaminas do complexo
B, aumenta o valor nutricional de certos alimentos e ajudam no controle do
colesterol.
Então se você exagerou nos produtos laxativos ou passou por
algum tratamento com antibiótico e afins, trate-se de recompor a sua
flora intestinal, com auxílio dos alimentos probióticos e prebióticos,
lembrando que evitar a ingestão de líquidos durante as refeições contribuí para
que as bactérias nocivas não se proliferem, pois os líquidos mudam o
PH do sistema digestivo.
O que são Probióticos e Prebióticos?
Os nomes são estranhos, mas, acreditem, eles são parceiros
indispensáveis para quem quer ter uma saúde de ferro!
Dentro da Ciência da Nutrição, sempre há novidades sobre a alimentação. Felizmente, cada vez mais se descobrem alimentos que desempenham funções benéficas ao organismo humano, como prevenção de doenças, proteção de órgãos e tecidos, manutenção das reações básicas, entre outros. Esses alimentos são chamados alimentos funcionais.
De acordo com a ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária - propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.
Os alimentos prebióticos são alguns tipos de fibras alimentares, ou seja, carboidratos não digeríveis pelo nosso corpo. Isto é, possuem uma configuração molecular que os torna resistentes à ação de enzimas.
Dentro da Ciência da Nutrição, sempre há novidades sobre a alimentação. Felizmente, cada vez mais se descobrem alimentos que desempenham funções benéficas ao organismo humano, como prevenção de doenças, proteção de órgãos e tecidos, manutenção das reações básicas, entre outros. Esses alimentos são chamados alimentos funcionais.
De acordo com a ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária - propriedade funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.
Os alimentos prebióticos são alguns tipos de fibras alimentares, ou seja, carboidratos não digeríveis pelo nosso corpo. Isto é, possuem uma configuração molecular que os torna resistentes à ação de enzimas.
Esse tipo de
fibra possui as seguintes funções:
Ajuda na manutenção da flora intestinal;
Estimula a motilidade intestinal (trânsito intestinal);
Contribui com a
consistência normal das fezes, prevenindo assim a diarréia e a constipação
intestinal por alterarem a microflora colônica por uma microflora saudável;
Colabora para que somente seja absorvido pelo intestino as
substâncias necessárias eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e
colesterol, favorecendo, então a diminuição do colesterol e triglicérides
totais no sangue;
Possui efeito bifidogênico, isto é, estimulam o crescimento
das bifidobactérias. Essas bactérias suprimem a atividade de outras bactérias
que são putrefativas, que podem formar substâncias tóxicas.
Exemplos de prebióticos são:
Exemplos de prebióticos são:
Frutoologosacarídeos
(FOS) e a inulina. Os FOS são obtidos a partir da hidrólise da inulina. Os
frutooligosacarídeos estão presentes em alimentos de origem vegetal, como
cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja. A inulina é
um polímero de glicose extraído principalmente da raiz da chicória. Ela se
encontra também em alho, cebola, aspargos e alcachofra. A inulina extraída da
chicória é produzida comercialmente e pode ser consumida por diabéticos como
substituto do açúcar por conter de 1 a 2 kcal/g.
Probióticos:
Os probióticos são outro tipo de alimentos considerados funcionais. São microorganismos que, quando ingeridos, exercem efeitos benéficos para a saúde. Esses organismos são adicionados aos alimentos, como os leites fermentados, por exemplo.
As mais conhecidas bactérias que exercem essa função são as Bifidobacterium e Lactobacillus, em especial Lactobacillus acidophillus. Elas agem produzindo compostos como as citoquinas e o ácido butírico que são antimicrobianos e antibacterianos, ou seja, favorecem a presença de bactérias benéficas ao organismo e diminuem a concentração de bactérias e microorganismos indesejáveis. Outra maneira de proteger a mucosa intestinal é metabolizar as fibras presentes e transformá-las em ácidos.
Dessa forma, no meio ácido há uma diminuição na concentração de bactérias patogênicas e putrefativas, que provocam doenças e gases.
Os probióticos são outro tipo de alimentos considerados funcionais. São microorganismos que, quando ingeridos, exercem efeitos benéficos para a saúde. Esses organismos são adicionados aos alimentos, como os leites fermentados, por exemplo.
As mais conhecidas bactérias que exercem essa função são as Bifidobacterium e Lactobacillus, em especial Lactobacillus acidophillus. Elas agem produzindo compostos como as citoquinas e o ácido butírico que são antimicrobianos e antibacterianos, ou seja, favorecem a presença de bactérias benéficas ao organismo e diminuem a concentração de bactérias e microorganismos indesejáveis. Outra maneira de proteger a mucosa intestinal é metabolizar as fibras presentes e transformá-las em ácidos.
Dessa forma, no meio ácido há uma diminuição na concentração de bactérias patogênicas e putrefativas, que provocam doenças e gases.
Outras funções:
Os probióticos aumentam de maneira significativa o
valor nutritivo e terapêutico dos alimentos porque há um aumento dos níveis de
vitaminas do complexo B e aminoácidos. Absorção acrescida de cálcio e ferro;
Fortalecimento do sistema imunológico, através de uma maior
produção de células protetoras e,
Particular
importância para os indivíduos com intolerância à lactose, devido ao aumento de
uma enzima que facilita a digestão da lactose.
A manutenção do equilíbrio da flora intestinal é muito importante para o nosso organismo. Dessa maneira, a alimentação assume papel influente através da ingestão de alimentos que proporcionem o desenvolvimento no intestino de bactérias saudáveis.
Os prebióticos e probióticos têm esta função e o consumo destes alimentos deve ser estimulado. No entanto, é importante saber que uma vida saudável está relacionada não somente com os alimentos que são ingeridos, mas também com o estilo de vida, a hereditariedade, influência do meio ambiente e atividade física.
A manutenção do equilíbrio da flora intestinal é muito importante para o nosso organismo. Dessa maneira, a alimentação assume papel influente através da ingestão de alimentos que proporcionem o desenvolvimento no intestino de bactérias saudáveis.
Os prebióticos e probióticos têm esta função e o consumo destes alimentos deve ser estimulado. No entanto, é importante saber que uma vida saudável está relacionada não somente com os alimentos que são ingeridos, mas também com o estilo de vida, a hereditariedade, influência do meio ambiente e atividade física.
Assim, é fundamental perceber que uma boa saúde não depende
somente de alimentos funcionais e sim de vários fatores que juntos proporcionam
uma vida saudável.
Fontes: ANutricionista.Com - Mírian Valério - CRN2 7012P
- Nutricionista em Rio Grande.