Como reconhecer e neutralizar os sentimentos negativos que nos levam a
procrastinação, a tendência de deixar para depois as tarefas importantes, mas
desagradáveis ou difíceis.
Procrastinação é o
ato de esquivar-se de uma tarefa que necessita ser realizada. É o mau hábito de
deixar para amanhã o que pode ser feito hoje. Isto pode nos levar a ter
sentimentos de culpa, desajuste, depressão e baixa auto-estima. A procrastinação pode ocasionar
conseqüências dolorosas, como o insucesso profissional e a frustração nos
assuntos e negócios particulares.
Quem pensa que “empurrar com a barriga” é uma característica típica e
exclusiva dos brasileiros está enganado: a procrastinação –hábito de adiar
tarefas- é mundial, tanto que é objeto de estudo de um grupo de pesquisa da
Universidade Carleton (Canadá) e tema de vários livros nos Estados Unidos.
Afinal, de acordo com os especialistas, todas as pessoas, sem exceção, procrastinam.
O que varia é a frequência com que fazem isso.
Deixar para depois não é sinal de que a preguiça ou a irresponsabilidade imperam. “Aquele que procrastina prioriza coisas menos importantes em vez de direcionar suas ações para aquilo que seria mais necessário realizar. Ele coloca diversas tarefas menores na frente”.
Mais do que uma questão de não administrar bem o tempo, o ato de procrastinar faz a pessoa viver a ilusão de que, adiando, tudo será solucionado como num passe de mágica.
O adiamento pode proporcionar um alívio temporário, uma sensação de tranquilidade, porque a pessoa crê que tudo vai dar certo no final.
A pessoa que procrastina não se relaciona bem com o real. “A realidade assusta. Com medo, a pessoa vira uma espécie de avestruz: enfia a cabeça na terra com a esperança de aquela realidade mude”.
Mas não só a realidade que desagrada (como, por exemplo, ter de dizer a um amigo, que não será possível pagar uma dívida no prazo combinado) faz com que as pessoas adiem seus compromissos. “Quem procrastina não toma essa atitude somente em relação às situações que causam desconforto, mas também diante daquilo que lhe dá prazer”. Como exemplo uma pessoa que adora escrever cartas, mas, na hora de levá-las ao correio, sempre demora alguns dias. Ela diz que não se sente inspirada. Mas desde quando é preciso inspiração para ir ao correio?
A consciência da própria mortalidade é que faz as pessoas postergarem alguma atividade, seja ela interessante ou desagradável. Se elas têm a chance de adiar alguma escolha, fazem-no porque têm a sensação de estar garantindo o dia de amanhã. É uma forma de se iludir, de tentar se tornar imortal.
Talvez por isso as pessoas idosas sejam menos afeitas ao adiamento. A experiência de ter passado por vários momentos de perda faz com que os idosos tenham mais clareza para identificar o que é prioritário ou não. E os mais saudáveis podem olhar para trás e dizer: “Muitas coisas que eu quis eu realizei, não preciso ter essa ansiedade de garantir que amanhã serei útil”.
Fase crítica – O início da vida adulta, dizem os especialistas, é o período mais crítico quando se fala em procrastinação. Na adolescência, o adiamento é conseqüência principalmente do medo de fazer alguma coisa e ser criticado. Por volta dos 24, 25 anos, a pessoa começa a ser obrigada a assumir responsabilidades que, antes, quando contava mais com o auxílio direto dos pais, podia delegar com certa facilidade.
“A pessoa sofre o impacto das muitas coisas que tem de realizar e, como ainda não tem o know-how para conciliar tudo, pode adiar decisões importantes”.
O problema é que, nesse período, se a pessoa não parar para refletir sobre os motivos do adiamento, pode fazer com que esse comportamento torne-se padrão em sua vida.
Muitas crianças acabam se tornando procrastinadoras por causa dos pais. “Se o pai diz que o filho só pode sair para brincar se arrumar o quarto antes, mas não explica a importância de priorizar as coisas, a criança vai ficar ansiosa para sair e pode não se concentrar na arrumação”.
Independentemente da fase em que a procrastinação ocorre, as consequências que esse hábito traz podem ir além do nível prático (como chegar atrasado a uma festa porque a compra do presente ficou para o último minuto), tendo reflexos na saúde da pessoa. A procrastinação é um problema sério, que pode causar transtornos psicológicos e atingir o nível físico.
Além de ser obrigada a arcar com as consequências de compromissos perdidos ou de tarefas malfeitas, a pessoa que deixa tudo para depois pode ter problemas físicos e mentais.
O sentimento de culpa é um dos que mais atingem essas pessoas. E o pior é que elas sentem culpa não pelo que fizeram, mas pelo que deixaram de fazer. Isso acaba gerando muito desgaste. Às vezes o indivíduo apresenta um quadro sério de stress, sente-se ansioso, o que pode gerar dores de cabeça, aumento na pressão arterial e problemas de estômago.
As pessoas que procrastinam sofrem com mudanças no seu comportamento psíquico, mas, muitas vezes, não percebem essas alterações, como consequência, a saúde física acaba sendo abalada.
Cerca de 20% da população norte-americana sofre do que se chama procrastinação crônica, que acontece quando a rotina da pessoa passa a ser bastante prejudicada pelo seu comportamento de adiar.
Consequências
Deixar para depois não é sinal de que a preguiça ou a irresponsabilidade imperam. “Aquele que procrastina prioriza coisas menos importantes em vez de direcionar suas ações para aquilo que seria mais necessário realizar. Ele coloca diversas tarefas menores na frente”.
Mais do que uma questão de não administrar bem o tempo, o ato de procrastinar faz a pessoa viver a ilusão de que, adiando, tudo será solucionado como num passe de mágica.
O adiamento pode proporcionar um alívio temporário, uma sensação de tranquilidade, porque a pessoa crê que tudo vai dar certo no final.
A pessoa que procrastina não se relaciona bem com o real. “A realidade assusta. Com medo, a pessoa vira uma espécie de avestruz: enfia a cabeça na terra com a esperança de aquela realidade mude”.
Mas não só a realidade que desagrada (como, por exemplo, ter de dizer a um amigo, que não será possível pagar uma dívida no prazo combinado) faz com que as pessoas adiem seus compromissos. “Quem procrastina não toma essa atitude somente em relação às situações que causam desconforto, mas também diante daquilo que lhe dá prazer”. Como exemplo uma pessoa que adora escrever cartas, mas, na hora de levá-las ao correio, sempre demora alguns dias. Ela diz que não se sente inspirada. Mas desde quando é preciso inspiração para ir ao correio?
A consciência da própria mortalidade é que faz as pessoas postergarem alguma atividade, seja ela interessante ou desagradável. Se elas têm a chance de adiar alguma escolha, fazem-no porque têm a sensação de estar garantindo o dia de amanhã. É uma forma de se iludir, de tentar se tornar imortal.
Talvez por isso as pessoas idosas sejam menos afeitas ao adiamento. A experiência de ter passado por vários momentos de perda faz com que os idosos tenham mais clareza para identificar o que é prioritário ou não. E os mais saudáveis podem olhar para trás e dizer: “Muitas coisas que eu quis eu realizei, não preciso ter essa ansiedade de garantir que amanhã serei útil”.
Fase crítica – O início da vida adulta, dizem os especialistas, é o período mais crítico quando se fala em procrastinação. Na adolescência, o adiamento é conseqüência principalmente do medo de fazer alguma coisa e ser criticado. Por volta dos 24, 25 anos, a pessoa começa a ser obrigada a assumir responsabilidades que, antes, quando contava mais com o auxílio direto dos pais, podia delegar com certa facilidade.
“A pessoa sofre o impacto das muitas coisas que tem de realizar e, como ainda não tem o know-how para conciliar tudo, pode adiar decisões importantes”.
O problema é que, nesse período, se a pessoa não parar para refletir sobre os motivos do adiamento, pode fazer com que esse comportamento torne-se padrão em sua vida.
Muitas crianças acabam se tornando procrastinadoras por causa dos pais. “Se o pai diz que o filho só pode sair para brincar se arrumar o quarto antes, mas não explica a importância de priorizar as coisas, a criança vai ficar ansiosa para sair e pode não se concentrar na arrumação”.
Independentemente da fase em que a procrastinação ocorre, as consequências que esse hábito traz podem ir além do nível prático (como chegar atrasado a uma festa porque a compra do presente ficou para o último minuto), tendo reflexos na saúde da pessoa. A procrastinação é um problema sério, que pode causar transtornos psicológicos e atingir o nível físico.
Além de ser obrigada a arcar com as consequências de compromissos perdidos ou de tarefas malfeitas, a pessoa que deixa tudo para depois pode ter problemas físicos e mentais.
O sentimento de culpa é um dos que mais atingem essas pessoas. E o pior é que elas sentem culpa não pelo que fizeram, mas pelo que deixaram de fazer. Isso acaba gerando muito desgaste. Às vezes o indivíduo apresenta um quadro sério de stress, sente-se ansioso, o que pode gerar dores de cabeça, aumento na pressão arterial e problemas de estômago.
As pessoas que procrastinam sofrem com mudanças no seu comportamento psíquico, mas, muitas vezes, não percebem essas alterações, como consequência, a saúde física acaba sendo abalada.
Cerca de 20% da população norte-americana sofre do que se chama procrastinação crônica, que acontece quando a rotina da pessoa passa a ser bastante prejudicada pelo seu comportamento de adiar.
Consequências
Como acaba dependendo demais dos outros, pode estabelecer uma relação
desgastante com familiares e amigos. Pode desenvolver um sentimento
autodestrutivo, acreditando que tudo o que faz é ruim ou tem pouca importância.
Sofre com a perda da autoconfiança, o que faz com que as ações posteriores
àquelas que adiou tornem-se ainda mais difíceis de serem realizadas.
Tende a ficar ansioso quando percebe que não vai conseguir realizar aquilo a que se propôs. Quando se conscientiza de que adiou demais, pode apresentar um comportamento depressivo.
Tende a ficar ansioso quando percebe que não vai conseguir realizar aquilo a que se propôs. Quando se conscientiza de que adiou demais, pode apresentar um comportamento depressivo.
A procrastinação surge
por razões variadas, incluindo:
- fuga de experiências negativas
- falta de capacitação
- medo de comentários e avaliações de terceiros
- hostilidade à tarefa ou à pessoa que a solicitou.
- pessimismo
- depressão
- perfeccionismo
- passividade
- necessidade de aceitação
- baixa tolerância às frustrações
- sentimento de injustiça
- sobrecarga
Sinais de alerta
A tendência de deixar para depois as tarefas mais difíceis e desagradáveis
está sempre presente e o combate à procrastinação exige um alerta constante. Os
verdadeiros procrastinadores apresentam cinco comportamentos reveladores:
- Sobreestimam o tempo necessário para realizar alguma coisa.
- Superestimam o tempo disponível para realizar alguma coisa.
- Superestimam o quanto estarão motivados para realizar alguma coisa mais tarde.
- Acreditam erradamente que não é recomendável trabalhar numa tarefa quando não estão muito bem dispostos a fazê-la.
- Acreditam erradamente que, para ter sucesso numa tarefa, eles têm que desejar fazê-la.
Como combater a procrastinação?
A procrastinação começa com alguma espécie de sentimento negativo que
nos desvia das tarefas importantes. Se você puder reconhecer e reformular
alguns destes sentimentos de ansiedade e dúvidas, você poderá elaborar um plano
para combater a tendência à procrastinação e gerenciar melhor o seu tempo.
Problema
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Solução
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Perfeccionismo e
expectativas irreais:
Pensar que você
não fez o melhor que possivelmente poderia fazer. O trabalho nunca está
suficientemente bom para ser entregue.
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Medo de falhar: Pensar que se não fizer o melhor,
você é um fracassado. Ou pensar que, se falhar num teste, você, como pessoa,
é um fracasso, ao invés de pensar que você é uma pessoa normal que falhou num
teste.
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Achar a tarefa
enfadonha: Ficar paralisado pensando
nos aborrecimento que terá na execução de uma tarefa tediosa e cansativa.
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Medo e ansiedade: Sentir-se esmagado pela
complexidade e tamanho da tarefa e com medo de falhar. Como resultado, você
gasta muito de seu tempo angustiado com o que tem a fazer, ao invés de agir.
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Dificuldade de
concentração: Sentado à sua
mesa, você se vê a sonhar, flutuando no espaço, navegando pela Internet sem
propósito, etc., ao invés de se dedicar à sua tarefa.
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Fraco gerenciamento
do tempo: Procrastinação
significa que seu tempo não está sendo administrado com inteligência. Você
pode estar inseguro quanto às suas prioridades, objetivos e metas. Como
resultado, você se dedica a tarefas menos importantes, sem planejamento.
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Problemas
pessoais: dificuldades
financeiras, conflitos no trabalho, problemas familiares ou amorosos, etc.
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Procure um
conselheiro, um profissional ou um amigo que possa ouvi-lo e orientá-lo.
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Estude e identifique as causas que o estão levando à procrastinação e
combata os maus hábitos. Comece já, agora!
Fonte: psicologia pra você, criatividade aplicada