Hoje o
assunto será a vida dos animais de estimação em apartamentos. Sei que muita
gente torce o nariz só de pensar em dividir um espaço no elevador com um animal
de estimação, mas é inevitável falarmos a respeito nos dias atuais.
A questão
é que muita gente transfere amor, carinho e atenção para seus bichinhos de
estimação, e ficam bastante sentidos quando vêem seus amados serem rejeitados
por outros condôminos, mas a verdade é que por mais que você ame seu bichinho,
não da pra esperar que todo mundo compartilhe desse mesmo sentimento.
O fato é
que a lei permite, sim, animais em apartamentos, apesar do que possa constar
nas regras do condomínio. No entanto, o dono tem que seguir algumas normas e é
importante que você conheça seus direitos e deveres, evitando assim conflitos e
angústias.
Animais em condomínio: o que diz a
lei?
Diversos
condomínios não permitem bichos. Porém, este tipo de proibição é ilegal. ”A
Constituição assegura o direito de manter animais domésticos em apartamento,
desde que os direitos dos outros moradores sejam respeitados”, ensina Ana Rita
Tavares, advogada da ONG Terra Verde Viva.
Para que
o seu animalzinho não incomode ninguém, eis aqui algumas dicas:
- Para transitar pelo elevador de serviço e áreas comuns, só com a guia bem curta, para evitar que o animal se aproxime das pessoas.
- Passear no jardim do prédio pode desde que ele não estrague as plantas nem cave buracos.
- Não suje as áreas comuns, recolha cocos e limpe xixis em qualquer área comum. Alguns prédios obrigam a carregar o bicho, mas essa exigência é ilegal: nem todos aguentam fazer isso (caso de crianças e idosos).
- Latidos e uivos vez ou outra são comuns, mas se seu cão bota a boca no mundo sempre que você sai de casa, os vizinhos têm todo o direito de reclamar.
- Para não incomodar o vizinho do apartamento de baixo, mantenha as unhas do totó aparadas ou coloque tapetes para abafar o som.
E quando
as suas visitas trazem o cachorro, de certa maneira é ilegal impedir a entrada
de outro cão ou gato tanto no edifício quanto na sua casa. Porém, alerte seus
amigos de que as regras para bichos ”moradores” também valem para bichos
”visitantes”.
Você
segue todas as regrinhas acima, seu bicho não incomoda ninguém, mas estão
fazendo pressão para você tirá-lo do apartamento? Você pode requerer uma
liminar no juizado especial civil ou em qualquer vara cível, para ter
assegurada a guarda do seu animal.
A ONG
Terra Verde Viva disponibiliza em seu site um parecer jurídico sobre animais em
condomínios. Você pode baixar aqui o documento que explica as leis e artigos que baseiam o direito de manter animais de
estimação em apartamentos.
Fonte: Ana Rita Tavares, advogada da
ONG Terra Verde Viva e autora do documentário Os Direitos dos Animais em
Condomínios, que está no site www.terraverdeviva.com.br
Cães
Tudo
começa pela escolha da raça do cão, afinal é complicado ter um labrador num
apartamento de 40m². Já pensou, você e o cachorro teriam que se revezar e ver
quem dormiria na cama. rs Brincadeira!
As
qualidades mais apreciadas nos peludos que viverão em um apartamento são:
- baixo nível de ansiedade quando fica sozinho;
- pouca tendência a latir desnecessariamente;
- nível de independência maior;
- nível de atividade diária menor ou, pelo menos, que possa ser satisfeita com períodos regulares de exercícios.
Nestes
aspectos, as raças mais adaptáveis são: Maltês, Bichon Frisé, Pug, Buldogue
Frances, Boston Terrier, West Terrier, Rottweiler (isso mesmo, o grandão
costuma ficar quietinho o dia todo se for levado para passear umas 3 vezes por
dia), Golden Retriever, entre outros.
Fuja de
Beagle, Cocker Spaniel, Labrador, Pastor Alemão, Dachshund, Pinsher, e Border
Collie. Veja bem, não é que estas últimas raças não sejam maravilhosas, mas,
por terem características de temperamento que dependem muito da companhia e da
interação com seus donos, eles costumam dar muito mais trabalho se forem
confinados em um apartamento durante o dia todo.
Para
saber mais sobre as características destas e de muitas outras raças viste o
site www.lordcao.com.br
Vale também
adotar um Vira-latas de uma das várias ONGs que cuidam desses bichinhos! Como
as protetoras convivem com os cães resgatados, já conhecem a personalidade dos
peludos e podem indicar aquele com mais chances de se adaptar à sua rotina.
Gatos
Gatos são
uma boa opção para quem mora em apartamento. Eles ficam bem se deixados
sozinhos, se adaptam com facilidade a espaços reduzidos e não precisam passear
na rua para fazerem suas necessidades.
Se você
mora em apartamento e pensa em adotar um gatinho, é obrigatório colocar telas
de proteção na janela, mesmo que more no primeiro andar. Isso evita que o
gato caia por acidente ou vá parar no vizinho.
Cuidados básicos
Defina
horários regulares para a alimentação de seu cachorrinho, e, depois que ele
terminar, jogue fora o que restou, lave e seque a vasilha. Para gatos, deixe
ração seca à vontade. Quanto à água, deve ser trocada diariamente, e sua
vasilha, lavada.
Cuidados
de higiene como banho, corte de unhas, limpeza (dos dentes e ouvidos) e tosa,
devem ser realizados periodicamente de acordo com cada raça. Sem falar na
visita ao veterinário, para controle da caderneta de vacinas e tudo mais.
Os bichos
de estimação que ficam presos no apartamento precisam de brinquedos para
entretê-los, ajudando a passar a hora até você retornar e brincar com ele.
Encontramos
no mercado alguns produtos que fazem a alegria da cachorrada (e dos donos
também). São brinquedos “inteligentes”, que prendem a atenção do seu cão porque
podem guardar gostosuras no seu interior, possuem movimentos inesperados e
instigantes para provocar o instinto de caça do seu bichinho, têm texturas
variadas, e são ultra-resistentes.
Isso sem
falar na necessidade de passear diariamente com ele para se exercitar, fazer as
necessidades e desestressar.
Aproveitando,
aí vão algumas dicas para fazer a vida do seu cão ainda mais interessante:
- Mantenha sempre um cantinho especial na casa para seu amigo deitar e descansar. Este local deve ficar o mais longe possível da área em que ele faz xixi e cocô e deve ser um porto seguro.
- Brinque com os instintos do seu cachorro. Antes de sair de casa esconda alguns petiscos pela casa (ou na área em que seu cachorro costuma ficar restrito), e deixe que ele use o olfato para encontrá-los durante o dia. Deixe pedaços pequenos de biscoito de cachorro ou “bifinhos”. Nunca coloque um pedaço muito grande, nem os esconda em algum lugar de difícil acesso, ou perigoso para o seu peludo. Se o seu cachorro estiver de dieta, ou se tiver alergia, ou restrição a estas guloseimas, esconda bolinhas de ração mesmo.
- Nada substitui um bom passeio antes de você sair de casa e outro quando você voltar. Ir à rua enriquece a vida dos nossos cães dá a eles a oportunidade de explorar o ambiente, conhecer novas pessoas e cães, marcar o território e desvendar um mundo de novos cheiros.
- Teste todos os brinquedos ou produtos novos, enquanto você está em casa e certifique-se de que são adequados para o tamanho, força, e poder destruidor do seu cão, antes de deixar o seu peludo sozinho com eles.
- Tenha a disposição do seu amigo vários brinquedos, procure ter uma seleção bem variada com texturas, formas, tamanhos e que possibilitem movimentos diferentes.
- Quanto mais brinquedos o seu filhote tiver, maior será a possibilidade dele encontrar alguma coisa que realmente goste. Ter uns 10 brinquedos disponíveis, e mais uns cinco guardados para ir revezando é o ideal, além do que, o seu cão irá pensar que toda semana está ganhando um brinquedo novo. O mesmo vale para gatos, que perdem mais facilmente o interesse nos brinquedos.
- Guarde um ou dois brinquedos prediletos do seu cão para situações especiais. Ofereça-os ao peludo apenas quando você precisa que ele fique realmente entretido. Nos dias que você vai passar mais tempo fora, quando você vai ter visitas, ou nos dias de chuva em que vocês não vão poder passear tanto tempo do lado de fora, por exemplo.
Fonte: www.bitcao.com.br,blogamelias