Quem
gosta de cinema sabe que 2011 foi repleto de filmes bons… e outros nem tanto.
Alguns impressionaram, enquanto vários outros levaram as pessoas para fora das
salas de cinema.
Mas os
gostos estão longe de ser unânimes: enquanto algumas pessoas acharam um filme
extremamente agradável, outras que assistiram a mesma produção acreditam que
conheceram o inferno cinematográfico.
O site
Wired entrevistou seus funcionários antenados em cinema para reunir os filmes
mais odiados de 2011. Bem, eles não são necessariamente os piores filmes do ano
– alguns tiveram boas críticas, por exemplo. Mas essas são opiniões pessoais –
críticas cinematográficas – que algumas pessoas compartilham. Você concorda com
elas? Comente e diga quais foram os piores filmes do último ano na sua opinião.
1 – Lanterna Verde (Green Lantern)
Esse
filme foi tão ruim que eu quase o bloqueei completamente da minha memória. Se
eu tivesse um anel que pudesse fazer com que qualquer coisa que eu sonhasse se
tornasse realidade e eu estivesse lutando contra uma entidade que está
destruindo o universo, eu pensaria em algumas armas malucas e criativas para a
batalha, e não algo chato como uma metralhadora. Pense “fora da caixa”, homem!
(Christina Bonnington)
Pior
parte: O anel
do poder foi dado ao estúpido personagem de Ryan Reynolds.
Parte
redentora: A excelente
roupa de Ryan Reynolds para o Lanterna Verde.
2 – Super 8
Se eu
quisesse assistir a um filme sobre a magia de alienígenas e adolescentes, eu voltaria
no tempo para assistir algum Spielberg de 1984. Spielberg pelo menos soube como
manter seus olhos no MacGuffin (termo cinematográfico. Um MacGuffin é um objeto
que não têm a menor importância para quem assiste ao filme, mas pode ser “tudo”
para a personagem da trama. É usado para “esquentar” ou “distrair” histórias),
enquanto o diretor de Super 8, J.J. Abrams, constrói a estrutura do enredo em
torno de um não ironicamente objeto de perseguição sem sentido. (Shannon
Perkins)
Pior
parte: O
drogado olha encantado para o rosto das pessoas da cidade enquanto o alienígena
se revela.
Parte
redentora: O
desastre do trem é legal.
3 – A Árvore da Vida (The Tree of Life)
Aclamado
pela crítica, A Árvore da Vida tem quase três horas em que o diretor Terrence
Malick sacia seus piores impulsos e tortura os espectadores para que caiam em
uma ilusão autoimposta que, se o que eles estão assistindo é Malick, o filme
deve ser profundo.
Malick
tem crescido tão enamorado com seu próprio questionamento sobre o mundo que ele
acha que pode dispensar a narrativa, e mostra três horas de reflexões
filosóficas que até mesmo um estudante universitário teria apedrejado,
considerando superficial depois de cinco minutos.
É uma
pena que ninguém tenha lhe dito que vergonha é este filme, especialmente porque
se trata de um diretor que deu ao mundo três filmes incríveis: Terra de
Ninguém, Além da Linha Vermelha e Cinzas no Paraíso. (Ryan Singel)
Pior
parte: Vinte
minutos com música dramática que supostamente mostra o nascimento do universo,
incluindo uma luta de gorilas.
Parte
redentora: A comédia
não intencional mostrando um dinossauro tendo misericórdia. É um momento
supostamente moral, e não Jurassic Park.
4 – Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau)
Eu
entendo que “baseado em uma história de Philip K. Dick” é o jeito de dizer em
Hollywood “sem terceiro ato”, mas mesmo assim, depois da criação de um universo
perfeitamente aceitável, onde o destino é controlado por anjos burocráticos de
chapéu, o filme não poderia pelo menos ter um final? Quer dizer, algo além de
“er… hum… e depois todos eles viveram felizes para sempre!” (Adam Rogers)
Pior
parte: Magia e
poderes a partir de chapéus?
Parte
redentora: Matt
Damon conseguiu vender o filme.
5 – O Besouro Verde (The Green Hornet)
Que
desperdício de talento. Michel Gondry fez o excelente Brilho Eterno de uma
Mente sem Lembranças, mas o humor pelicular do diretor francês não funcionou
nesse filme inspirado em quadrinhos. O geralmente confiável Seth Rogen
estrelou, produziu e coescreveu o filme, mas as piadas forçadas do filme são
cansativas. (Hugh Hart)
Pior
parte: Christoph
Waltz faz um vilão sem sal. Saindo de sua vitória no Oscar por Bastardos
Inglórios, Waltz deve ter tentado fazer algo interessante, mas parece que seu
personagem nunca disse ou fez algo remotamente original.
Parte
redentora: Cameron
Diaz injetou uma faísca de envolvimento humano em seu personagem.
6 – Contra o Tempo (Source Code)
Eu estava
muito animado para ver esse filme porque eu era um grande fã de Moon (também
dirigido por Duncan Jones). Mas Contra o Tempo foi bem menos do que isso. O
filme ficou muito complicado e comercial. E honestamente, o que aconteceu com o
pobre rapaz que Jake Gyllenhaal pegou o corpo? (Simon Lutrin)
Pior
parte: Não
explicaram o que aconteceu com o rapaz que Gyllenhaal pegou o corpo.
Parte
redentora: Premissa
aceitável, eu acredito.
7 – Chefes Intragáveis (Horrible Bosses)
Eu sou
uma enorme fã de Charlie Day desde que assisti Always Sunny, mas percebi que
daria um tiro em Chefes Intragáveis. É horrível por inúmeras razões.
Para
começar, o filme sofre com uma premissa absurda: ele lança um trio de
trabalhadores de classe média descontentes contra seus chefes abomináveis, e o
grupo decide que a única opção que os resta para melhorar de vida é acabando
com seus patrões.
Os
personagens não são simpáticos o suficiente para que o espectador deseje que
eles tenham sucesso, e, francamente, os patrões parecem mais interessantes do
que os personagens principais. Fiquei esperando para rir nessa suposta comédia,
mas acabei me sentindo estranha e desejando ter visto outra coisa. (Christina
Bonnington)
Pior
parte:
Milhares de pessoas estão indo assistir esse filme pensando que é decente e
ficam desejando ter esses 98 minutos de vida de volta.
Parte
redentora: Jennifer
Aniston está muito bem.
8 – Transformers: O Lado Oculto da Lua
(Transformers: Dark of the Moon)
Como um
fã do primeiro filme Transformers e crítico do segundo, eu fui ver esse filme
com grandes expectativas. No entanto, após duas horas de esmagamento mental, o
meu limite para explosões e diálogos inautênticos chegou ao fim. Me vi
esperando que cada uma das batalhas entre robôs marcassem o fim misericordioso
do filme. Após excessivos 154 minutos de explosões, a única coisa que isso me causou
foi o desejo de alguns tampões de ouvido. (Michael Lennon)
Pior
parte: Poderia
ter terminado cerca de uma hora antes.
Parte
redentora: Embora
havia muitas explosões, elas foram bem feitas.
9 – O Preço do Amanhã (In Time)
Eu amo
filmes que me fazem refletir sobre grandes ideias. Eu também gosto de filmes de
ficção científica em que bichos assassinos do espaço explodem tudo. O que eu
não suporto: um filme maçante com uma premissa interessante, mas que se
transforma em uma série de observações bobas. E é isso que O Preço do Amanhã
faz. (Lewis Wallace)
Pior
parte:
Moralismo burro e trocadilhos sem parar sobre o tempo.
Parte
redentora: Relógios
digitais embutidos em antebraços são muito legais, mesmo que o conceito tenha
sido emprestado de Fuga no Século 23.
10 – Cada um tem a gêmea que merece (Jack and Jill)
Em amo
Adam Sandler, mas sinceramente? Ele finge ser gordo e faz piadas sobre peidos…
Ah não, Adam! Eu lembro de seu trabalho em Saturday Night Live, e foi pura
comédia de qualidade. Eu cresci com Um Herdeiro Bobalhão e O Rei da Água, mas
Cada um tem a gêmea que merece é um lixo. Além disso, Katie Holmes volta às
telas com isso? Katie demita seu agente, caso você ainda não tenha feito isso.
Espero que a Colombia Pictures pague meu psiquiatra por arruinar minhas
memórias de infância. (Michael Salvador)
Pior
parte: Ver Adam
Sandler em um terno que o deixa gordo.
Parte
redentora: Eu
gostei do uso das crianças no filme. Dá para rir com as coisas ridículas que
essas crianças dizem na tela.
Fonte: Wired