Você já notou o quanto é comum ouvirmos os seguintes
comentários: fulano é muito infantil, sicrano é metido à intelectual, beltrano
sim é uma pessoa sensata. Podemos ser os críticos ou os criticados, não
importa, pois, é através das nossas ações e reações que mostramos quem
realmente somos e assim sedemos a devida margem para o possível julgamento
alheio.
Em síntese o homem atinge a plenitude de seus anseios
aventureiros ao alcançar uma determinada idade.
Idade essa que não tem
absolutamente nada em haver com a nossa idade cronológica, mas sim com nossa
idade “moral”, com o poder de assimilar tudo que a vida pode nos ensinar. Estes
ensinamentos são muitos e os professores variados. Contudo, nosso
aprendizado pode ser lento ou rápido, tanto faz, pois de qualquer forma, ele é
constante, ele é ininterrupto e esta dividido pelas muitas fases de nossas
vidas, de nossa evolução como pessoas.
“Aprendi que
maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você
aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.” William Shakespeare
A estagnação plena de nossos anseios está diretamente ligada
à nossa aparente quietude das ações. À nossa calmaria nos excessos desacerbados,
proporcionados pelos anos de maior vitalidade física. Nossas reações, decisões
e atitudes estão diretamente ligadas ao nosso estado de maturidade. Este estado
só é alcançado pelo individuo, que prefere ser mais comedido quanto aos
exageros que comete.
Maturidade pode ser vista como sinônimo de calmaria e
esclarecimento.
A maturidade do homem é comparada a uma equação de
matemática. Podemos dizer que a maturidade é inversamente oposta à soma de toda
sua insegurança, mais a sua irritabilidade, menos seu equilíbrio emocional,
tudo isso dividido pela sua autoconfiança.
No momento que sabemos domar nossa insegurança diária, nossa
irritabilidade, também diminui. O entrelace entre a insegurança e a
irritabilidade é tamanha, que no primeiro sinal de perigo, estamos prontos para
o revide, que alias, pode não ser imediato, pois isso depende de nossa autoconfiança.
Infelizmente, neste caso, esse revide pode ser descarregado somente em nossos
familiares, dentro dos nossos próprios lares. É quando injustamente atingimos
pessoas que nos amam, por motivos contrários ao do relacionamento vivido.
Impreterivelmente nosso equilíbrio emocional é o que nos
ajuda na agilidade de tomadas de decisões.
Portanto, nossa insegurança esta diretamente amarrada a
nossa irritabilidade que têm como mola propulsora nosso equilíbrio emocional.
Que é arma certa a alimentar discussão infrutífera. Todos estes distúrbios
repousam sobre um estopim chamado autoconfiança.
Nossa autoconfiança é a válvula reguladora que atua sobre
nosso humor e nossa condição de vida. É ela quem nos condiciona a sermos
melhores ou não.
Ser maduro é distanciar-se de conflitos, não os evitando,
mas sim os resolvendo. Enfrentar as desavenças é uma virtude de gente
equilibrada, que sabe dosar a sua serenidade suficientemente para transformar
seus momentos ruins em momentos melhores.
Comparando o homem a uma arvore frutífera, fica fácil
entender, as fases de nossas vidas.
Nascemos como sementes, que germinam pequenos galhos e
folhas, frágeis e desprotegidos, carentes de cuidados especiais. Com o passar
do tempo crescemos procurando pelo sol, que é a nossa luz, ao mesmo tempo em
que fortalecemos nossas raízes no solo previamente preparado. No auge da
juventude oferecemos flores, com a espera de reconhecimento alheio. Quando “maduros”
nossos frutos, dirão se a arvore é boa ou não. Bons frutos nascem de boas arvores
que por sua vez darão boas sementes.
Nascer, crescer, florescer, frutificar e espalhar novas
sementes. Esta é nossa vida.
Somos assim, vivemos num ciclo de varias fases.
Vivemos a busca constante de nosso “auge”, de nossa
“maturidade”. Vivemos varias vidas numa só.
Tornar-se uma pessoa madura, é simplesmente tornar-se uma
pessoa melhor. É ter sua própria ideologia, mas sabendo respeitar a do próximo,
é dar-se o devido valor. É descobrir o prazer em coisas pequenas. É entender que
só seremos felizes na medida em que nosso semelhante também for feliz. É
descobrir que devemos nos irritar menos com os por menores, que devemos ser
menos inseguros quanto ao que queremos que devemos buscar e praticar
constantemente nosso equilíbrio emocional e acima de tudo, devemos ser
absolutamente auto confiantes no que fazemos.
Fonte: Para ler e pensar