A indiferença é a hostilidade em pessoa e é por si só o pior
dos sentimentos humanos, que se pode oferecer sem um pingo de arrependimento,
aos nossos semelhantes. Quem usa de indiferença castiga sobremaneira a outra
pessoa sem que esta se possa defender, pois o indiferente não oferece abertura,
para uma conversação, já que se fecha na sua inimizade.
O indiferente é uma
pessoa rude e sem amigos, vivendo só com a sua sem razão.
A indiferença cria
inimigos por onde passa e é inquietante o seu negativismo. O pior é que a
pessoa indiferente no trato com o outro, tira prazer disso no seu egocentrismo
desumano e incansável, pois estas pessoas gostam de causar dano às pessoas de
bem.
A indiferença maltrata sem uma única réstia de
arrependimento, são indivíduos mal-humorados e culpam tudo e todos por se
basearem nesse sentimento preconceituoso e ávido de maus tratos.
Quem é indiferente basta-se a si próprio, ou assim o julga,
e retira desse sentimento defeituoso um gozo inesgotável, que gosta de apregoar
aos sete ventos.
São pessoas sarcásticas e de língua afiada não se
arrependendo nunca daquilo que proferem como uma exatidão que faz com que os
outros se sintam culpados, pela culpa inexistente.
Passam pelos outros com um desprezo e uma negligência a toda
a prova, com um sorriso irascível nos lábios. Nunca olham os outros nos olhos
com uma frieza de arrepiar e pouco lhes importa uma coisa como o oposto dessa
coisa em si.
O indiferente gosta de criar desacatos com uma
insensibilidade que magoa mais que mil palavras.
São pessoas traiçoeiras a quem não se deve dar espaço ao
contra ataque sempre pronto a despoletar a qualquer instante, basta que as
contradigam e que as enfrentem de frente.
Como já referi acima a indiferença é o pior dos sentimentos,
pois os outros não sabem como agir quando os fazem sentir culpabilizados pelo
que não fazem nem praticam de modo algum.
A falta de zelo é também um ponto a referir, pois
normalmente são pessoas que não se empenham com o seu bem próprio ou com o
alheio, é-lhes indiferente e são desapaixonadas e indolentes.
Não aplaudem as opiniões ou crenças desencontradas. Nunca se
confessam culpadas de nada e o erro é sempre dos outros indivíduos.
A indiferença é a negação total dos outros, como seres
humanos, com seus direitos e deveres.
A nulidade dos sentidos é um ponto de referência do
sentimento de indiferença, nada é mais marcante do que se estar a falar com uma
pessoa e essa pessoa tomar-nos por frívolos e insignificantes.
Têm por normas serem
pessoas egoístas e de ego elevado, não se preocupando com nada sendo as outras
pessoas descartáveis.
Fazem do isolamento o seu cavalo de batalha e estar fora do
circuito humano é-lhes confortável e menos mau de se levar por diante, ante a
sua indiferença traiçoeira e tirânica.
A indiferença, como sentimento, é para se anular com
paciência e doses elevadas de compreensão.
E mais, quem usa da indiferença, para levar a sua vida por
diante, não tem efeito positivo nenhum ou qualquer valor de registro.
Por último, mas não menos importante a indiferença e as
pessoas indiferentes, não têm exatidão nenhuma, quando se pronunciam.
O indiferente é um egoísta passivo.
Fonte:Jorge Humberto