Foto tirada do topo do Haleakala, um enorme vulcão no Havaí.
A imagem mostra um raro arco-íris lunar de neblina e um brilhante planeta Marte
(em cima, à esquerda)
A natureza é cheia de surpresas belas e agradáveis e a prova
disso é a matéria a seguir sobre arco-íris lunar ou moonbow, em inglês. Sorte
de quem pôde admirar ao vivo, mais sorte ainda de quem está adequadamente
equipado para fotografá-lo, o que é difícil já que as fotos dependem da luz.
Esse fenômeno acontece em certas localidades quando o
arco-íris é gerado pela luz da lua. Basicamente é formado quando os raios de
luz atravessam as gotículas de água suspensas no ar. É claro que esse arco-íris
lunar não é causado pela luz direta do sol, mas por aquela refletida pela
lua.
Antes de sair exclamando “Photoshop!” nos comentários,
lembre-se que a aparência etérea destas fotos, principalmente daquelas com água
corrente, vem da necessidade de manter o obturador da câmera aberto por vários
minutos para poder capturar as tênues luzes da noite.
Dirigindo em direção ao arco-íris: Ilha Fraser, Austrália
Esse arco-íris sempre aparece no lado oposto do céu, e o
corpo celestial que produz sua fonte de luz. Em uma rara combinação de lua
baixa e o céu escuro, são suficientes para criar essa vista espetacular.
Um pote de ouro no fim do arco-íris: Foto capturada no
Taiti
Arco-íris lunar são comparados aos típicos arco-íris devido
a pouca quantidade de luz que brilha em seu próprio satélite. O brilho é muito
fraco para estimular os receptores de cores a olho nu – isto quer dizer que os
raios lunares são vistos como se fossem brancos. Em uma fotografia noturna de
longa exposição é possível ver as cores dos raios lunares.
Raios lunares nebulosos: escuros e chuviscantes, mas
nota-se a grama no primeiro plano
Fotógrafos têm escrito muito sobre a melhor maneira de
captar este fenômeno singular. Os segredos para conseguir é ter um tripé,
ajeitar o foco manual, delimitar o tempo da exposição para evitar manchas
brancas, e utilizar um rolo de filme e bateria novos.
Arco-íris lunar africano: arco-íris lunar tirado
diretamente de Zâmbia do lado das Cataratas Vitória
São em poucos lugares do mundo que o arco-íris lunar se materializa.
Os melhores lugares são nas Cataratas Vitória que fica entre a Zâmbia e
Zimbabwe, Cataratas Cumberland em Kentucky, Cataratas Yosemite na Califórnia, e
em Waimea no Havaí. Tirar umas férias, visitar esses lugares e ainda presenciar
um arco-íris lunar não seria uma má idéia.
Cena dos sonhos: borrifo de água das Cataratas Yosemite
coloridos pelos raios lunares
As Cataratas de Yosemite é um dos melhores lugares para ver
o arco-íris lunar. Tanto que, um grupo de astrônomos da Universidade do Texas,
estão desenvolvendo um programa de computador que possa prognosticar com
segurança quando Arco-íris lunares estão prestes a aparecer nas cataratas do
famoso parque nacional nos Estados Unidos.
Gama de cores: Outro raio lunar sendo formado abaixo das
Cataratas de Yosemite
Arco-íris lunar na Yosemite Lower Falls,
Califórnia, EUA
Arco perfeito: um belíssimo arco-íris formado no Havaí
Uma linda curva de cores nas cataratas de Cumberland, EUA
Não é de hoje que as pessoas têm observado os raios lunares,
isso data desde a época de Aristóteles – e sem dúvida, muito antes – mas em uma
pesquisa é a primeira vez que alguém calcula datas e horas precisas de sua
aparição. Agora é esperar que possamos algum dia apreciar essa maravilha da
natureza.
Para explicar a experiência do homem com os raios lunares, é
necessário citar o naturalista e pioneiro ambientalista John Muir, que em um
resumo de seu livro de 1912, O Yosemite, descreve: “Este grande arco de cor,
brilhando de uma forma suave, de uma beleza simétrica quase sobrenatural em um
grande lugar com as sombras da noite, e entre a torrente e o bramido tumultuoso
e elegante dessa queda de voz de trovão, e uma das mais impressionantes e mais
belas e abençoadas montanhas evangélicas”.
Fonte: Environmental Graffiti