Você dá mais atenção para o seu animal de estimação ou para
os seus perfis no Facebook, Twitter, Instagram ou Orkut?
Sim, eu sou daquele tipo de pessoa que acorda, mal tira a remela dos olhos e já corre para saber tudo o que está acontecendo no mundo – mais especificamente as fofocas, piadas, desabafos e fotos dos meus amigos e familiares. Não importa o quanto as publicações são ridículas ou infames, mas eu quero estar por dentro de tudo!
Sim, eu sou daquele tipo de pessoa que acorda, mal tira a remela dos olhos e já corre para saber tudo o que está acontecendo no mundo – mais especificamente as fofocas, piadas, desabafos e fotos dos meus amigos e familiares. Não importa o quanto as publicações são ridículas ou infames, mas eu quero estar por dentro de tudo!
Eu não sei se vocês concordam comigo, mas as redes sociais
são tão divertidas, informativas e descoladas que as adotei como meus animais
de estimação. Hoje em dia, trato dos meus perfis como se eles fossem bichinhos
fofuchos e que radiam alegria por onde passam. Hoje eu vou contar para vocês
como os cinco "bichanos" que vivem lá em casa invadiram a minha vida.
Felino do momento
No início, não simpatizei com a raça felina Facebook. Sempre
li que ele era um animal muito admirado lá fora, mas pouco conhecido aqui no
Brasil. Quando minha mãe permitiu que eu comprasse minha primeira rede social
de estimação (naquela época eu ainda era um jovem padawan da
internet), preferi outra espécie que era mais popular entre meus amigos.
(Fonte
da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Com o tempo, esse gatuno ganhou uma fama enorme e começou a
se espalhar também por terras tupiniquins. Como eu gosto de estar antenado, não
resisti e acabei adquirindo o meu gato, o Feice. Os primeiros dias foram meio
estranhos, admito.
Fui um dos primeiros a ter um Facebook e não estava
acostumado com o temperamento (tente tirar a tigela de leite para ver o que as
pequenas, mas afiadas garras dele são capazes de fazer na sua pele) e a rotina
de um felino.
Contudo, o seu jeitinho meigo e a sua disposição para novas
brincadeiras me conquistou (ele sempre vem com novos “joguinhos”). Não que eu
não dê atenção para meus outros animaizinhos, mas boa parte do meu dia é
voltado para “curtir” o Feice.
Olhem para mim!
Além de acompanhar o que os outros estão fazendo, eu também
gosto de aparecer. Ah, vai dizer que você não adora se exibir de vez em quando?
Antes de me recriminar, abra os seus perfis e álbuns nos sites de
relacionamento. Viu só?!
(Fonte
da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Há cerca de dois anos, quando comprei um smartphone
parcelado em 24 vezes sem juros no carnê (uma pechincha!), também me interessei
por uma nova espécie chamada Instagram, um porquinho da índia todo pomposo e
fofinho.
Não demorou para que eu descobrisse que, enchendo o
porquinho de acessórios (como gravatinha, chapeuzinho e sapatinho), as pessoas
ficavam querendo esmagá-lo – algo bem parecido com o que a personagem Felícia
dos desenhos animados fazia com seus bichinhos.
Comecei a tirar fotos do porquinho da índia dormindo,
correndo, brincando e comendo – as quais são as minhas favoritas. Como diria
minha prima, A-D-O-R-O registrar as refeições dele. Para que as capturas fiquem
ainda mais descoladas, eu costumo aplicar alguns filtros, deixando as imagens
envelhecidas, com bordas ou preta e branca. Uma das coisas que me intrigou nos
últimos dias foi a amizade que o pequeno roedor tem com o gato Feice.
Volta o cão arrependido...
A minha primeira rede de estimação foi o Orkut, um cachorro
que rapidamente virou febre nacional. Por onde eu passava e com qualquer pessoa
que eu conversasse, lá estava um cãozinho desses abanando o seu rabinho. Assim
que meus amigos começaram a adotar essa raça, eu perturbei a minha mãe até que
ela me desse um de presente.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Nessa época, comprar um Orkut não era nada fácil, pois era
preciso ter um convite especial – o que me obrigou a passar alguns dias de
ansiedade. Ai, ai... Foram anos de convivência e diversão, principalmente
explorando diversas comunidades próximas da minha casa. Todavia, assim como
qualquer relação afetiva, com a chegada de outros animais nós fomos nos
afastando aos poucos.
Hoje, ele é tratado pela minha mãe e por minhas tias – as
quais adoram “emperiquitá-lo” com acessórios brilhantes e que piscam (às vezes,
ele parece um painel eletrônico ambulante cheio de GIFs animados). Mesmo assim,
esporadicamente eu ainda o levo para passear e nós relembramos os alegres
tempos vindouros de outrora... Só um minuto, acho que caiu um cisco no meu
olho.
O substituto
Na verdade, o Orkut está entrando em extinção. Até mesmo
aqueles que preferem um cachorro como companheiro acabaram trocando essa raça
por uma mais nova e forte, conhecida como Google+. Essa espécie ainda está
crescendo e é difícil encontrar quem a tenha adotado.
Em geral, as pessoas vêem esses cães e os acham bonitinhos e
interessantes, mas não os levam para casa. A tendência é que, com o
desinteresse que se acentua pelo velho e cansado Orkut, o animado e cheio de
gás Google+ ganhe novos donos a cada dia.
Seguindo o passarinho
Eu sempre admirei os passarinhos por sua agilidade,
capacidade de percorrer grandes distâncias em pouco tempo e esplendoroso canto.
Repentinamente, tive vontade de ter um espécime desses em casa.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Acessei uma loja online que comercializa pássaros com as
devidas permissões do Ibama e encomendei um Twitter. Como eles tinham um
exemplar disponível, fui direto para lá buscá-lo. Nossa! Os seus pios curtos e
dissonantes ecoam pela casa o dia inteiro. Muitas vezes é até difícil
acompanhar tudo o que ele cantarola.
Nós tentamos criá-lo com mais liberdade, soltando-o da
gaiola com frequência. Todavia, alguns inconvenientes sociais impossibilitaram
isso – se é que você me entende. Acho que o relacionamento do bicudinho com o
gato não é dos melhores, pois já tive que tirá-lo da boca do Feice inúmeras
vezes.
Uma visão alternativa do mundo
Em uma bela tarde de domingo, eu navegava pela web no meu
notebook sentado na cadeira que fica no jardim quando avistei um animal
esquisitão perto do meu pé. Nesse exato momento, dei um pulo e arremessei meu
laptop, que alcançou marcas dignas das Olimpíadas.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Quanto ao grito que eu soltei... Bem, esse nós podemos
deixar de lado. Alguns segundos depois, já recomposto do susto, percebi que se
tratava de um Pinterest. Essa raça de iguana é considerada uma rede social de
estimação alternativa: conhecida por poucos e, consequentemente, adotada por
menos pessoas ainda.
Comecei a interagir com ele e logo percebi que sua
“personalidade” era bem diferente dos demais animais que já conviviam comigo.
Esse tipo de réptil não procura exposição e prefere ficar quietinho no seu
canto. Pesquisei sobre essa espécie na internet e acabei encontrando muitas
pessoas com os mesmos interesses que eu.
Eu estive aqui
A minha casa já estava parecendo um zoológico mesmo, então
resolvi comprar mais uma rede social de estimação. Dessa vez, optei por
adquirir um casal de Foursquares. A dupla de hamsters é hiperativa, só pode! A
cada momento eles estão em um lugar diferente da casa.
(Fonte
da imagem: Baixaki/Tecmundo)
E é extremamente fácil descobrir se os roedores gorduchos
estiveram em determinado local: basta olhar se eles fizeram o “check-in” com
pequenas gotas de xixi – minha mãe é que não fica muito feliz com os passeios
do casal.
Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo