Não, segundo muitos especialistas no assunto, Jesus Cristo
não nasceu nessa data. Na Antiguidade, povos pagãos realizavam nesse dia o Natalis
Solis Invicti, o “nascimento do sol invencível”, uma festa em homenagem ao
deus persa Mitras. O Natalis, que podia ser celebrado entre 22 e 25 de
dezembro, era realizado pelos pagãos nesse período porque é nele que acontece o
solstício de inverno, o dia mais curto do ano.
Em 354 D.C., a Igreja, na figura do Papa Libério,
cristianizou a festa pagã e começou a comemorar nela o nascimento de Jesus. Hoje,
ele é celebrado nesse dia nas Igrejas Católica, Anglicana e Protestante. A
Igreja Ortodoxa, que se baseia no calendário Juliano, celebra o Natal em 7 de
janeiro, quando o menino Jesus teria sido batizado.
Afinal, quando Cristo nasceu?
Em entrevista à Revista Mundo Estranho, o cientista da
religião Carlos Caldas defende que, entre estudiosos, é consenso que Jesus não
nasceu no dia 25 de dezembro. O primeiro argumento é climático e está na
própria Bíblia, livro que afirma que Cristo nasceu em um período de
recenseamento, no qual as pessoas deveriam ir do campo às cidades. Sendo o
inverno de Israel tão rígido, como explicar esses deslocamentos? “Também por
causa do frio, não dá para imaginar um menino nascendo numa estrebaria”, disse
o professor à publicação. Ao que tudo indica, Cristo nasceu entre março e
novembro, quando o clima é menos rigoroso.
Teriam os 3 reis magos chegado até Belém seguindo uma
estrela? A ciência diz que não
Reza a lenda que três reis magos andavam
por aí quando viram uma estrela linda e brilhante. Só podia ser o sinal
do nascimento de um rei. Sem pestanejar, os três magos decidiram segui-la.
Chegaram até Belém logo após o nascimento de Jesus Cristo. Deixaram
três presentes: ouro, incenso e mirra.
Até hoje ninguém sabe qual era aquela estrela. Só se sabe
que ela guiou os três magos até o local de nascimento de Jesus. Será? O físico Randall
Munroe, autor do site xkcd.com,
resolveu testar algumas possibilidades. Ele imaginou onde os três parariam se
tivessem seguido Marte, Vênus, ou Sirius, a
estrela mais brilhante do céu. Todos os caminhos foram calculados com a ajuda
de ferramentas que determinam as posições históricas dos objetos
astronômicos.
A primeira hipótese seria Sirius. E não daria
muito certo. Segundo Munroe, eles teriam caminhado sobre a água até chegar ao Pólo
Sul. Dá uma olhada no desenho:
Então ele decidiu considerar uma possibilidade nova: vai
que os magos avistaram a estrela ao final do dia, e não no breu da noite.
Bem, aí o caminho seria outra. Mas não deu certo também. Eles teriam desviado
de Belém, apesar de passar perto, e parado na Botsuana, lá no
sul da África. Olha aí o resultado:
É, Vênus (esquerda) e Marte (direita) também não.
Ou talvez eles tenham seguido qualquer outra estrela e
parado, por sorte, na cidade de Belém. Vai saber né.
Fontes:
Superinteressante, Revista Mundo Estranho e Brasil Escola.