Bombom de licor pode? E enxaguante bucal? Tire algumas
dúvidas polêmicas. A Lei Seca mudou, se tornou
mais rígida e quem faz bonito ao volante tem de estar preparada para passar por
uma blitz sem enfrentar qualquer saia-justa. Para ajudar, vamos acabar com as
principais dúvidas e esclarecer os mitos e verdades sobre a novidade. Fique
atenta, a tolerância é zero: diferente do limite de 0,10 mg/l de antes, agora
qualquer quantidade de álcool acima de 0,05 mg/l já é passível de punição.
Se beber, posso ser presa? – Sim! Se
for comprovada a embriaguez ou se o bafômetro marcar mais do que 0,34 mg/l, a
motorista pode pegar de seis meses a três anos de prisão. Se acusar a presença
de álcool com um valor abaixo disso e acima de 0,05 mg/l, deverá pagar multa de
quase R$ 2 mil, terá o carro e a carteira apreendidos e ainda deixará de
dirigir por um ano – essas medidas também valem para quem se enquadrar no valor
que caracteriza o crime.
E se me recusar a fazer o teste do bafômetro? – É
até possível se recusar a assoprar o aparelho ou a fazer o exame de sangue, mas
a mudança da lei permite agora que outras ferramentas acusem o consumo de
álcool. O policial preenche um formulário onde analisa, entre outros
pontos, o comportamento da motorista. Testemunhas, vídeos e fotos também servem
como prova.
Um bombom de licor já acusa níveis altos de álcool no
organismo? – Sim, mas só se tiver sido consumido
imediatamente antes de assoprar o bafômetro. Se isso acontecer, basta informar
ao policial e pedir para realizar o teste novamente após 15 minutos. Esse tempo
é suficiente para que o teor alcoólico não seja mais acusado no teste.
E remédios ou enxaguantes bucais? – É
o mesmo caso dos bombons. A quantidade de álcool presente nessas substâncias é
muito pequena e só será percebida pelo aparelho de medição se forem usados
momentos antes do teste. Também vale pedir um tempinho para assoprar.
Existem medicamentos capazes de mascarar o efeito do
álcool? – Alguns jovens usam medicamentos específicos para
curar a bebedeira acreditando que podem burlar o bafômetro, mas a eficiência da
prática não é comprovada. Além disso, a droga usada tem tarja vermelha e só
deve ser comprada com prescrição médica. O uso indevido e a mistura com álcool
podem causar graves problemas de saúde.
Fonte: Bolsa de Mulher, Petrobrás