Será que os homens também podem fingir orgasmo?


Muito se fala sobre as mulheres que fingem orgasmo. Mas, e os homens, será que eles também podem fingir na hora H? Em primeiro lugar é preciso entender a diferença entre a ejaculação e o orgasmo. “Normalmente as pessoas tendem a relacionar as duas coisas, porém, a ejaculação é a resposta biológica à concentração de estímulos realizada no pênis durante a atividade sexual e o orgasmo tem a ver com uma percepção subjetiva de prazer associado à atividade sexual”, explica o psicólogo e pesquisador Diego Henrique Viviani, do Instituto Paulista de Sexualidade.

Ou seja, é possível que alguns homens consigam perceber a sensação de orgasmo sem necessariamente ter ejaculado e também que cheguem a ejacular, sem ter a sensação de orgasmo.
Em relação ao fingir orgasmo, ele explica que alguns homens que apresentam inibição ejaculatória (falta ou dificuldade de ejacular na atividade sexual) ou anorgasmia (incapacidade de ter orgasmo durante a atividade sexual e também na masturbação), muitas vezes usam o recurso do preservativo. “Eles esperam a que a parceira tenha atingido o orgasmo e, na sequência, fingem um orgasmo e terminam a atividade sexual fechando o preservativo e jogando fora, sem que a parceira perceba que ele de fato não chegou ao orgasmo”, relata.

Há também outros casos, chamados de ejaculação retrograda, que ocorrem quando o homem não consegue ejacular, pois a ejaculação toma o caminho da bexiga ao invés de ser expelida normalmente pela uretra e, assim, só é liberada juntamente com a urina. “A diferença é que esses homens têm a sensação do orgasmo, mas, muitas vezes, por medo de serem mal interpretados pelas parceiras, tendem a terem o orgasmo e usarem o preservativo da mesma maneira para evitar desconfianças e desentendimentos”, diz.

Como o ejacular masculino costuma representar o término da atividade sexual, a falta de ejaculação pode gerar dificuldades, especialmente quando a mulher não entende o que está acontecendo e acredita que o parceiro não está sentindo prazer. “Normalmente a ejaculação, socialmente falando, tende a receber a premissa de que este homem teve um orgasmo, assim como a ereção tende a demonstrar a excitação, porém apesar das duas premissas terem alguma vinculação com as afirmações, elas não são necessárias para simbolizar o prazer e mesmo a excitação”, diz.

Qualquer que seja a dificuldade, é importante buscar ajuda médica ou acompanhamento psicoterápico, para tentar restabelecer uma qualidade de vida mais prazerosa e saudável.

Ejaculação precoce representa 40% das queixas nos consultórios

Ejaculação precoce ou prematura (EP) é um dos problemas sexuais mais comuns encontrados nos homens, representando 40% das queixas encontradas em consultórios de terapias sexuais, segundo o site ABC da saúde.

A ejaculação precoce ocorre logo após a penetração ou até mesmo antes, mais cedo do que o esperado pelo casal na relação sexual.

Não há estudos que comprovem cientificamente a causa dessa disfunção sexual, mas a maioria das vezes ela se dá devido à ansiedade do homem em querer realizar a sua parceira sexualmente, fazendo-a chegar ao orgasmo. “O homem ansioso, muitas vezes, por querer satisfazer a sua parceira e até por certa inexperiência sexual, acaba por ejacular muito antes do desejado. Em muitas situações existe certo sofrimento e angústia pelo casal, pois a parceira não consegue atingir o orgasmo”, explica o urologista Dr. Eduardo Bertero.

A ejaculação precoce é prevalente em homens de todas as faixas etárias, sendo mais comum em adultos jovens de 18 a 30 anos de idade.

Prática e relaxamento devem ajudar o parceiro a lidar com o problema. A primeira opção de tratamento é através de terapia ministrada por psicólogo ou psiquiatra com especialização em sexualidade humana. São realizadas sessões de duas a três vezes por semana que objetivam “treinar” o homem a controlar a ejaculação. Segundo o urologista Eduardo Bertero, outra opção de tratamento é através de comprimidos que atuam no sistema nervoso central, são os antedrepessivos, inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS). “Esses medicamentos apresentam baixos índices de efeitos adversos e uma alta taxa de sucesso. Consegue atrasar a ejaculação consideravelmente”, complementa o urologista.

Além desses métodos, existem alguns cremes que podem ser aplicados na genitália masculina com a finalidade de diminuir a sensibilidade local, retardando o processo de ejaculação.
Essa interferência pode resultar em problemas como discordância de apetite sexual, insatisfação pelo ato sexual, dificuldades em manter o relacionamento e pode ocasionar discussões corriqueiras entre o casal. Por isso, qualquer descontentamento e problema na prática do ato sexual devem ser diagnosticados por médicos especializados como urologistas e andrologistas para tratar junto ao paciente da disfunção sexual.

Fonte: iTodas