Moda, tecnologia e sustentabilidade de mãos dadas


Há algumas décadas, pensávamos que as roupas do futuro seriam parecidas com as de robôs, prateadas e com formas geométricas bem definidas. Porém, estamos em 2013, e a aparência dos nossos trajes continua “normal”, seguindo tendências que vão e voltam. Mas isso não quer dizer que não tenham tecnologia!

Jefferson R. Ricardo (Jeff), estilista e gerente de produto da marca Vila Romana, acredita nos investimentos nesse setor: “O público é ávido por inovações que agreguem valor ao que se quer consumir. O conforto é o item que impera, sobretudo quando está associado a outros benefícios, como é o caso dos tecidos tecnológicos”. Para ele, a aceitação é boa, mas ainda sofre alguma resistência: “Existe uma desconfiança inicial, pois as pessoas têm medo de serem enganadas”.

Fizemos uma pesquisa sobre esses novos materiais disponíveis no mercado, que estão cada vez mais evoluídos. Encontramos tecidos que, apesar de serem comuns em um primeiro contato, têm poder de hidratação, “memória”, proteção UV e outros elementos funcionais. A seguir, conheça algumas dessas inovações.

Hidratação: esse tipo de tecido possui acabamento interno com Aloe Vera. Também chamada de babosa, essa planta ajuda na formação de colágeno e elastina, o que contribui para a regeneração celular e hidrata a pele.


Tecnologia de biocerâmica: após um processo de aquecimento de óxidos metálicos, o tecido ganha a propriedade de filtragem dos raios infravermelhos, provocando um ligeiro aumento de temperatura no corpo. Entre os benefícios para quem utiliza peças feitas com esse material, estão a melhora na circulação sanguínea e a eliminação de toxinas do organismo.

Proteção UV: os produtos com esse efeito recebem um tipo de acabamento que dissipa a energia luminosa – a promessa é proteger a pele dos nocivos raios ultravioleta. Além de roupas, o tecido também é usado na confecção de viseiras, bonés e chapéus.

Guerra contra a celulite: entre algumas técnicas empregadas nessa batalha, estão os tecidos com cristais bioativos, que estimulam o metabolismo, reduzindo aquele aspecto desagradável dos furinhos na pele.


Para atletas: muito usado no segmento esportivo e capaz de manter o equilíbrio térmico, o Dry Fit absorve o suor da parte interna e elimina-o, conservando o corpo seco.

Não molha nem mancha: parece difícil de acreditar, mas esse tecido recebe um revestimento de teflon, o qual garante essas proezas. Resultado: peças altamente resistentes aos líquidos e às manchas à base de água e óleo.

Com “memória”: moldáveis e com capacidade de memorização, eles se adaptam à silhueta, simplesmente sendo apertados ou alisados, sem precisar passar. São encontrados em diversas texturas e efeitos tridimensionais.

Ecotecidos
Com o apelo à sustentabilidade cada vez mais em alta, o mercado para peças confeccionadas com responsabilidade ambiental cresce a olhos vistos. As opções nunca foram tantas! Veja algumas delas:

Algodão colorido: ele já nasce assim. Por isso, dispensa tingimento com corantes ou aditivos químicos e minimiza as possibilidades de reações alérgicas. Não é maravilhoso? 

Tecido PET: é produzido a partir de garrafas plásticas descartáveis. A matéria-prima, o poliéster, é uma opção que pode ser usada em sarja, malha, cotton e moleton, entre outros tipos de tecidos.

Fibras sustentáveis: algumas tecelagens oferecem tecidos com fibras de celulose de florestas sustentáveis e certificadas.

Fibras de bambu: os tecidos fabricados com essas fibras naturais e biodegradáveis. Além disso, possuem excelente toque e qualidade.

São tantas novidades que, da próxima vez em que for às compras, será possível avaliar o que as suas aquisições podem fazer por você e pelo meio ambiente! Seu corpo, o bolso e o meio ambiente agradecem!

Fonte: Portal Vital