Todo mundo tem aquele dia de cão, aquele dia em que o mundo
todinho conspirando contra a sua pessoa e, do bater do dedinho na quina da cama
até o último suspiro de raiva no fim do expediente, tudo dá errado. Tudo mesmo.
O Michael Douglas, no filme Um dia de fúria, sabe muito
bem de tudo o que eu falei e ainda o que vou falar (Imagem: divulgação)
Temos na vida uma linha muito tênue entre a civilidade e a
completa barbárie. Fazemos parte de uma sociedade, pagamos impostos e
convivemos com pessoas que entendem (ou deviam entender) todas as regras para o
mínimo de boa convivência. Se algo sai desse “padrão”, tudo vai por água abaixo
e coisas bem estranhas e ruins podem acontecer.
Não adianta nem negar. Vivemos em um mundo violento e somos
induzidos a cada minuto a abandonar todos os anos de nossa evolução humana e
voltar, nem que por um minuto, àquele clima selvagem de destruição gratuita.
“O homem nasce bom. A sociedade o corrompe”
Este é provavelmente o dito mais conhecido do iluminista
suíço Jean-Jacques Rousseau, filósofo e teórico político que viveu na França do
século XVIII. Partindo desse princípio, tínhamos tudo para viver calmos e bem,
a não ser por um simples fato: convivemos com outros humanos.
E aí, numa segunda qualquer, um gari, como qualquer um desse
mundo, foi provocado por outros seres humanos, pelo Planeta Terra, pelo
universo cósmico e acabou por ultrapassar a tal linha, bem fininha, e tratou de
extravasar todo o seu ódio durante o trabalho.
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YouTube | Nem as correspondências foram poupadas
Todos estão suscetíveis a perder o controle, a ultrapassar a
tal linha, tão sensível, e liberar a própria raiva em detrimento de outrem, sem
nem nos importarmos com isso.
Isso não é, nem de longe, uma desculpa. Perder a compostura
apenas demonstra uma frustração além do limite, frustração essa que é causada,
em esmagadora maioria, por nós mesmos.
Trabalhe a sua frustração. Entenda que a vida é sim cheia de
falhas e que dias ruins inevitavelmente aparecerão. E, como um bom ser humano
nascido e vivido em sociedade, devemos sempre levar a vida com calma e
compostura. Digo isso porque, quase sempre, essa explosão de ódio, ao
ultrapassar a linha que tanto comentei, sobrepõe a liberdade do outro.
E, ao se tirar a liberdade de outro, tudo vai pelo caminho
oposto do que deve seguir.
Fonte: Portal Homem por Jader Pires