São inúmeros os objetivos que levam uma pessoa a se
matricular numa academia, mas dentre eles ainda podemos afirmar que a maioria
busca mesmo melhorar sua aparência física. Na verdade, o interesse está ligado
aos benefícios estéticos oriundos de um treino bem sucedido, já que são muitos
os resultados em quem decidiu mudar de atitude e de comportamento. Há casos, e
não são poucos, de uma real transformação a ponto de impressionar qualquer um
que não tenha visto de perto todo o processo. Estes servem como motivação e
despertam sonhos de mudança em boa parte dos insatisfeitos com seu corpo e que
precisam de alguns empurrãozinhos para sair do sofá.
Antes de tudo, é preciso saber que mudar seu corpo a ponto
de receber elogios exige muita determinação, empenho e renuncia de antigos
hábitos. Podemos afirmar que é preciso uma reprogramação de suas atitudes e
comportamentos. Resumindo: não é nada fácil! Se fosse veríamos muito menos
pessoas se lamentando e preocupadas com isso. O fato é que existe um “preço” a
ser pago para obtenção de melhorias estéticas importantes, principalmente se
você se descuidou por um longo período de tempo.
Como ponto de partida para a transformação é necessário avaliar se você tem ido “malhar” ou treinar quando decide ir à academia. Alguns até dirão que isso é conversa fiada e que os dois termos representam a mesma coisa, porém lhes digo: Treinar envolve compromisso, meta, estar focado em um objetivo e disposto a se esforçar em busca dele, já “malhar” nem existe no dicionário formal. Se você já pratica o descrito acima e ainda diz que está indo “malhar”, chegou a hora de adotar esta nova terminologia.
Matriculou-se?! Não
desista!
A taxa de desistência em grandes academias e centros esportivos
beira os 50% por mês. Já imaginou isso?! Sem contar com a quantidade de
matriculados e não frequentadores, e os que pagam caro para frequentar a sua
modalidade preferida apenas 1 ou 2X por semana. Outra notícia nada boa é que
muitos que superam a barreira da baixa frequência e do abandono e enchem as
salas de musculação ou de ginástica não estão satisfeitas com seu corpo, mesmo
após meses de mensalidade.
De quem é a culpa?
Se você já frequenta a academia há algum tempo e vive a
reclamar que os resultados não aparecem, questione-se ao sair de casa se você
está indo dar o seu máximo, o seu 100%, se está comendo melhor, se melhorou a
qualidade do seu sono. Dar o máximo nos seus treinos significa respeitar os
intervalos entre as séries, entre os exercícios e as sessões, executá-los
corretamente, desafiar-se com a progressão das cargas, compreendendo que não
existe resultado ótimo com uma má alimentação e descanso inadequado. Para quem
treina, dieta e descanso são uma extensão do treinamento. Você não age assim?
Então provavelmente a responsabilidade de seus resultados não serem
satisfatórios é sua!
Um bom profissional é
fundamental!
Para que você alcance o seu objetivo, é importante que o
Profissional de Educação Física deixe claro o tamanho do desafio e do
comprometimento que você deve ter. Claro que isso não pode ser passado em sua
totalidade no primeiro dia de academia, mas faz diferença uma boa orientação
neste sentido. O quadro abaixo exemplifica algumas situações comportamentais
que podem ser melhoradas com o auxilio do professor, demonstrando as diferenças
clássicas nas atitudes de quem “malha” e quem treina.
Diversifique e siga em busca do seu objetivo.
Sabemos que algumas vezes a rotina de treino pode se tornar
monótona, mas antes de sumir/desistir, imagine os resultados e a satisfação que
terá quando atingir suas metas. Caso isso não seja suficiente, diversifique!
Experimente aulas em grupo, natação, artes marciais, yoga, pilates, treinos de
corridas, ciclismo indoor... Sim, a maioria destas atividades existe dentro de
sua academia e podem fazê-lo melhorar. Comece procurando um bom profissional
que o incentive, acompanhe seu progresso, reavalie e elabore a melhor
estratégia para que o treino supere suas expectativas e prepare-se para os
elogios!
AndersonSantos é Educador Físico e personal da
Mais Atividade Física. (www.maisatividadefisica.com)
Fonte: Revista MENSCH