Conheça os dez piores países para ser mãe

Mais de 1 milhão de bebês morrem ainda em seu primeiro dia de vida, tornando este o dia mais perigoso para uma criança em boa parte dos países, seja uma nação rica ou pobre. A organização Save The Children (Salvem as Crianças, em português) faz, anualmente, um ranking com os melhores e os piores países para ser mãe. Localizados na África subsaariana, os piores países têm em comum o fato de enfrentarem a fome, problemas como saneamento básico e seca, entre outros. Conheça a seguir


Foto: Rebecca Blackwell/AP Photo

Na imagem, um bebê com quatro meses, na Costa do Marfim, o décimo país da lista dos piores do mundo para ser mãe.

A criança, na época ainda sem nome, foi cuidada pela avó quando nasceu, em 2011. Durante algum tempo, as duas foram obrigadas a viver em um abrigo oferecido por uma missão da Igreja Católica, pois estavam entre as 27 mil pessoas que fugiram de suas casas por conta da crise política no país — quando houve a primeira eleição dentro de dez anos e os dois principais candidatos passaram a divergir sobre o resultado, gerando confrontos entre as duas forças. 

O medo de ataques e represálias fez com que muitas famílias sofressem a falta de suprimentos mais básicos durante meses, agravando a situação de mulheres grávidas e recém-nascidos.

Foto: Ben Curtis/AP Photo

Em nono lugar está o Chade. No ano passado, a Unicef (agência da ONU para a infância) estimou que 127 mil crianças com menos de cinco anos necessitavam de salvação para desnutrição aguda grave no país. Conflitos armados e a falta de chuva, que influencia diretamente na produção de alimentos, são alguns dos motivos que levaram a esse quadro.

Juntos, Níger, Nigéria, Mali e Chade, todos na lista dos piores países para ser mãe, somam quase 1 milhão de crianças esperando por ajuda humanitária.

Foto: PIUS UTOMI EKPEI/AFP PHOTO

A Nigéria, o país com o maior número de habitantes do continente africano, é conhecida pelas difíceis condições de vida de seus habitantes. Apesar de possuir enormes reservas de petróleo, a corrupção e o desvio de verbas impedem que o dinheiro necessário chegue aos que mais precisam.

O resultado disso são as péssimas condições de saúde e educação, que afetam mães e bebês, que lutam até mesmo para concluir os nove meses de gestação, colocando o país na oitava posição do ranking de piores do mundo para ser mãe.

Foto: Krista Larson/AP Photo

A Gâmbia vem em sétimo lugar na lista. Segundo o relatório da ONG Save The Children, este é um dos países com o maior número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Para fazer o ranking, a organização considera aspectos como condições e assistência que a mãe e o bebê recebem durante o pré-natal, o parto e os cuidados posteriores. Além disso, acesso ao emprego e escolaridade da mãe também são levados em conta na elaboração da lista.

Foto: Rebecca Blackwell/AP Photo

A República Centro-Africana ocupa o sexto lugar. Em abril deste ano, a ONU alertou que 2 milhões de crianças do país estavam sem serviços sociais básicos, expostas à violência após a tomada de poder pela coalizão rebelde Séléka, além de sofrerem com as inseguranças geradas pelos ataques no país.

Além disso, 280 mil crianças correm o risco de perder o ano letivo por conta dos conflitos. O resultado disso são condições ainda piores não somente na educação, mas também na saúde e na segurança do país, expondo mulheres e seus bebês.

Foto: Daniel Berehulak/Getty Images

Ocupando a posição número 172 no ranking, o Níger é o 5º pior país para ser mãe no mundo. De acordo com a organização Save The Children, 27% dos bebês nascem abaixo do peso no país. Grande parte das mulheres, no Níger, se casa e tem filhos muito cedo: cerca de 51% das mães têm menos de 18 anos, e seus corpos ainda não estão completamente desenvolvidos para gerar uma criança.

Foto: Martin Vogl/AP Photo

Em quarto lugar está o Mali. Infanticídio ou tentativa de infanticídio tornaram-se alguns dos crimes mais comuns no país, atingindo 20% das mulheres presas, condenadas por matar ou tentar matar seus filhos. A maioria dos crimes é praticada por jovens vindas de aldeias com a intenção de trabalhar na capital, geralmente como empregadas domésticas.

No Mali o aborto é ilegal e métodos contraceptivos são usados raramente. Quando elas engravidam, o medo de perderem o emprego ou serem julgadas pelas famílias que as empregam leva muitas jovens a tentarem se livrar de seus bebês de qualquer maneira.

Foto: Rebecca Blackwell/AP Photo

Onze anos após o término da guerra civil que matou milhares de pessoas no país, a Serra Leoa ainda está mergulhada em pobreza e traumas que os conflitos deixaram.

Sendo o terceiro país da lista dos piores do mundo para ser mãe, o lugar conhecido pela riqueza de seus diamantes não vê os frutos da mineração, enfrentando problemas como a alta taxa de desemprego — que atinge 95% da população jovem — e de violência, que inclui assaltos, roubos e invasões.

Foto: Omar Faruk /REUTERS

Em segundo lugar está a Somália. Um estudo profundo sobre a crise de fome no país estima que 258 mil pessoas tenham morrido de fome, em 2011, em toda a Somália.

Desse total, 133 mil eram crianças com menos de cinco anos de idade, segundo Chris Hillbruner, conselheiro da FEWS NET, uma agência patrocinada pelos Estados Unidos, que divulga dados sobre a fome no mundo e países que necessitam de ajuda internacional.

Esse número fez com que a Somália também seja o pior lugar do mundo para ser criança

Foto: JUNIOR D.KANNAH/AFP PHOTO

Mãe amamenta seu bebê na maternidade de Binza, no Congo, o pior de todos os países para ser mãe. O país aparece na 176ª posição da lista divulgada pela organização Save The Children. A precariedade do sistema de saúde é o principal culpado pelo problema. Lá, o risco de morrer na gravidez ou no parto é de 1 para 30.

Foto: Lunae Parracho/REUTERS

Entre os 176 países avaliados pela organização, o Brasil ocupa a 78ª posição.

Um dos aspectos negativos encontrados em nosso País é o excesso de medicalização dos partos, uma vez que 50% deles são feitos por meio de cesarianas. Outros problemas são os abortos ilegais e o alto índice de bebês prematuros.

Por outro lado, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de mortalidade infantil em 64% nos últimos 23 anos, demonstrando esforços para salvar a vida de recém-nascidos.

Fonte: R7 notícias