Eu estava preparando uma linda lista com as piores
adaptações de games para o cinema quando me dei conta da quantidade gritante de
jogos de luta que viraram péssimos filmes pastelões. Diante dessa pauta
urgente, a lista inicial ficará para uma próxima e vamos nos dedicar a esses
pequenos crimes cometidos contra os Anderson Silvas dos videogames.
“Street Fighter: A
Lenda de Chun-Li” (2009) Direção: Andrzej Bartkowiak.
“Street Fighter: A Batalha Final” é uma bombinha que mereceu
seu espaço ali embaixo no quinto lugar dessa lista, no entanto ”A lenda de
Chun-Li” é um daqueles filmes que você assiste e fica se perguntando “por que,
meu Deus”? Qual o sentido de queimarem uma franquia assim? Aí, você lembra do
filme da “Mulher-Gato”, do filme da “Elektra” e vê que o mundo definitivamente
não é um lugar justo.
“Mortal Kombat: A Aniquilação” (1997) – Direção: John R. Leonetti.
Se você não é um cinéfilo que se leva a sério demais, você
deve ter se divertido com o primeiro filme do “Mortal Kombat”. Tinha os
personagens mais legais do game, a história era uma réplica do argumento
original e até colocaram um remix de Sepultura na trilha
sonora. A sequência poderia ser uma evolução ainda melhor, mas preferirem
economizar uma grana em elenco, roteiro e efeitos e fizeram uma das piores
adaptações de game da história.
Não perca seu tempo.
“Tekken”(2010) – Direção: Dwight H. Little
Lembra quando você assistiu “Tekken” no cinema? Não? Claro,
o filme é tão ruim que foi direto para as locadoras onde deve ter batido
recorde de rejeição. A história é mal feita, os atores são péssimos e a melhor
coisa que um fã de “Tekken” pode fazer sobre isso é encher os produtores de
porrada.
“King of Fighters: A Batalha Final” (2010) – Direção: Gordon Chan.
Um grande momento para as empresas que decidem títulos de
filme no Brasil deve ter sido quando acharam que era uma boa inserir o MESMO
subtítulo em “King of Fighters” para induzirem os fãs a confundi-lo com “Street
Fighter: A Batalha Final”. Bom, em resumo: a história é tosca, os personagens
têm personalidades diferentes dos do jogo e tentaram atrair algum público para
a coisa dando mais destaque para as curvas de Mai Shiranui do que
para a pancadaria. Aliás, mesmo que você queira ver as curvas de Mai Shiranui,
dá pra se dizer que elas são mais generosas
nos games e em várias cosplays que você encontra pela
internet…
“Street Fighter: A Batalha Final” (1994) – Direção: Steven E. de Souza
Cara, “Street Fighter: A Batalha Final” é ruim. Mas é bom.
Dá pra entender?
É que ao contrário da maioria dos filmes dessa lista, está
não é uma tentativa de criar um épico de lutas e ação. É um pastelão
escancarado; aventura para alegrar as crianças e fãs de Van Damme. Ele tem um
elenco bem melhor que a maioria dos outros filmes (além de Van Damme, traz Raul
Julia) e uma pretensão de “divertir” o espectador. Acontece que o fã de
“Street Fighter” de verdade não queria só ser “divertido”. Ele queria ver belas
cenas de luta, queria ver um filme que se conectasse à mitologia do jogo e –
PRINCIPALMENTE – ele queria ver o Ryu e o Ken, que até aparecem aqui (ao
contrário do filme da Chun Li), mas são secundários. Como esse é um filme pro
mercado americano, o destaque fica pro militar nacionalista Guile. E se
você gosta realmente do jogo, eu recomendo o anime “Street Fighter II V” que passava no SBT nos anos 90.
Fonte:
Superinteressante