Quer ter seios maiores, mas sem colocar silicone? Uma nova
técnica é tendência e vem fazendo sucesso por permitir justamente aumentar as
mamas sem implante de prótese. O nome da cirurgia é lipofilling das
mamas e consiste na retirada de gordura do corpo da própria paciente
para enxertar nos seios.
Como é a cirurgia
São dois processos em um: uma lipoaspiração para retirar a
gordura corporal e depois, então, a implantação nos seios. Essa massa retirada
da paciente passa por um processo antes da segunda etapa, segundo explica o
cirurgião-plástico Vitorio Maddarena Junior. “A gordura é preparada de modo a
aumentar a concentração de células-tronco do adulto, que melhoram a qualidade e
a vitalidade dos tecidos para onde foram transferidas”, diz o médico.
Gordura abdominal é a preferida das mulheres para ser
retirada e implantada nos seios (Créditos: Thinkstock)
Ainda de acordo com o especialista, é possível utilizar
gordura excedente de quase qualquer parte do corpo. Contudo, a maioria das
mulheres que opta pelo método prefere eliminar a gordura acumulada na região
abdominal, nas costas e parte interna das coxas. “Caso a paciente já tenha sido
submetida a uma lipoaspiração anterior, preferimos usar gordura de outras
partes do corpo para esculpir as mamas”.
Resultados
Após o procedimento ser realizado, pode ser que o corpo
absorva essa gordura do enxerto nos primeiros três meses, o que não permitirá o
aumento dos seios. Se isso acontecer, o médico deverá refazer o procedimento.
Essa segunda cirurgia já não deverá contar com novas absorções do corpo e já
será possível atingir o resultado esperado: mamas com mais volume, redesenhadas
e mais consistentes e firmes.
Ficam cicatrizes comuns a qualquer cirurgia de
aumento de mamas. Elas costumam ter de 2 a 7 milímetros e ficam
localizadas, em geral, nos sulcos mamários (região logo abaixo dos seios,
próxima ao abdome) e onde for realizada a lipoaspiração.
O pós-operatório tende a ser tranquilo e bastante
suportável, sem grandes dificuldades de movimentação. Dependendo da evolução da
paciente, é possível retornar às atividades normais, porém moderadas, após 30
dias.
Quem pode fazer
É indicada para mulheres com pouco volume nas mamas ou
também para aquelas que precisam passar por uma reconstrução mamária após
mastectomia.
Segundo Maddarena Junior, é inexistente a possibilidade de
rejeição ao enxerto, já que a gordura é do corpo da própria paciente. Esse é o
grande ponto positivo da cirurgia.
Contudo, é preciso sempre procurar por clínicas
especializadas e com profissionais capacitados, já que existem os riscos
da lipoaspiração, que incluem perfuração gastrointestinal e trombose.