Para manter uma pele bonita e saudável é preciso apostar em
prevenção ao longo do tempo. Isso envolve limpeza, hidratação e proteção solar.
Veja a rotina de beleza, tratamentos e como usar o protetor solar em todas as
fases.
Mais ação aos 50
É possível, sim, exibir uma pele sem manchas hormonais,
lisinha e viçosa nessa faixa etária. Mas isso vai exigir mais dedicação do que
você tinha aos 30. Afinal, a barreira de proteção e a firmeza cutânea já não
são mais as mesmas.
Rosto, colo e pescoço
Não é regra, mas o rosto da mulher com mais de 50 anos
costuma apresentar manchas escuras, excesso de pele, ressecamento e perda de
brilho e volume. Geralmente, o pescoço acompanha essas transformações com o
surgimento de rugas horizontais e o acúmulo de gordura na papada. Segundo o
dermatologista Omar Lupi da Rosa Santos, do Rio de Janeiro, presidente da
Sociedade Brasileira de Dermatologia, a explicação está no afinamento e na
redução da barreira hidrolipídica da pele e no tempo de exposição ao sol, à
poluição, ao cigarro e aos radicais livres. "Completa a lista de vilões a queda
natural na produção das
fibras de sustentação",
diz o médico. Diante desse
quadro, é preciso lançar mão de produtos multifuncionais, como um sabonete rico em óleos
vegetais, que confere hidratação; tônico em forma de água termal, que acalma a
pele; e protetor solar com ativos antioxidantes. Três vezes por semana é
indicado passar, à noite, ácido glicólico, kójico, retinoico ou salicílico para
provocar uma descamação suave e estimular o colágeno. "Nos outros dias,
apele para hidratantes potentes, como hyalufix ou óleo de argan. Eles vão
ajudar a atenuar as linhas finas, fechar os poros e dar uma leve clareada nas
manchas", afirma a dermatologista Fernanda Casagrande, de Farroupilha
(RS). Com o avanço da idade, alguns tratamentos que antes eram prescritos uma
vez ou outra agora devem ser feitos com regularidade. É o caso do peeling de
cristal, indicado a cada três meses para eliminar células mortas, cujo acúmulo
deixa o rosto opaco e dificulta a ação dos cosméticos. "O uso da toxina
botulínica para alisar as rugas dinâmicas, aquelas formadas pela movimentação
dos músculos, passa a ser semestral, e o preenchimento com ácido hialurônico no
sulco nasogeniano, mais conhecido como bigode chinês, uma vez por ano",
explica Fernanda.
Apague as manchas
hormonais
Os melasmas têm dois inconvenientes: são difíceis de clarear
e podem voltar rapidamente. Mas dá para se livrar deles combinando técnicas que
atacam em várias frentes.
Cosmético clareador
A estrela aqui é a hidroquinona a 4% (acima dessa
concentração, ela irrita a pele e, abaixo, não funciona). "O produto
também é indicado para bloquear a produção de melanina em mulheres de 30 e 40
anos. A diferença é que nas de 50 ele é apenas parte do tratamento",
esclarece a dermatologista Fernanda Casagrande. Ela lembra que a substância só
pode ser usada por até seis meses para não haver o risco de ela matar os
melanócitos, que são os produtores da melanina, e provocar manchas brancas
irreversíveis.
Número de aplicações - Duas vezes por dia por, no máximo,
seis meses.
Peeling
O mais indicado é o cosmelan, que associa ácidos que
promovem a renovação celular, caso do retinoico e do salicílico, e ativos
despigmentantes, como o kójico e o fítico. "Os dois primeiros descamam a
pele, facilitando a penetração dos outros dois, que destroem o pigmento
escuro", explica a médica.
Número de sessões - Cinco, sendo uma a cada 15 dias.
Laser de erbium fracionado
É outro tratamento conhecido das mais jovens, só que nesse
caso ele vem cerca de 30% mais potente e com maior número de aplicações (são
cinco contra três, em média). Funciona assim: o aparelho dispara feixes de luz
da espessura de um fio de cabelo que, ao penetrar profundamente no tecido,
criam uma coluna de coagulação que vai expulsando o pigmento aos poucos.
Número de sessões - Cinco, sendo uma por mês.
Alimentos da
juventude
Use e abuse de ingredientes com dupla função, ou seja, que
estimulam a produção de colágeno e combatem os radicais livres.
Laranja
Você ganha pela presença da vitamina C, do betacaroteno e do
ácido fólico: o primeiro tem ação antioxidante e participa do processo de
formação do colágeno; o segundo fortalece a pele contra a radiação
ultravioleta; e o terceiro protege e repara o DNA e melhora a renovação celular,
o que contribui para suavizar as rugas. "Para garantir todos esses
benefícios, coma a fruta logo após descascá-la, pois a vitamina C é sensível ao
calor, à luz e ao oxigênio", avisa a nutróloga Cristiane Ognibene, de São
Paulo.
Quanto consumir - 2 unidades por dia.
Arroz integral
O silício é o grande atrativo desse alimento para as
mulheres que já ultrapassaram a marca dos 50 anos. "Afinal, ele atua na
produção das fibras de sustentação e de elastina e favorece a nutrição
celular", garante Cristiane. Vale lembrar que a versão integral do arroz
ainda traz magnésio, mineral cuja carência pode acelerar o envelhecimento dos
fibroblastos, que são as células produtoras do colágeno e da elastina.
Quanto consumir - 3 colheres (sopa) por dia.
Amêndoa
O petisco garante boas doses de manganês e cobre, dois
minerais essenciais para a produção da enzima superoxidodismutase, que tem a
capacidade de desarmar os radicais livres dentro das células. "Com isso,
as mitocôndrias conseguem produzir mais energia, o que agiliza o processo de reparação
celular", diz a nutróloga Tamara Mazaracki. Além disso, a amêndoa é fonte
de vitamina B2, que favorece a oxigenação e auxilia outra enzima, a glutationa,
a proteger a pele.
Quanto consumir - 2 unidades por dia.
Iogurte
Não são apenas os ossos e os dentes que se dão bem com o
alimento. A pele também se beneficia, pois o iogurte é fonte de zinco e
vitaminas A e do complexo B, que melhoram a qualidade do tecido cutâneo,
fortalecem as unhas e diminuem a queda capilar.
Quanto consumir - De 1 a 2 potes por dia.
Acerte no protetor
solar
O produto não pode simplesmente barrar os raios
ultravioleta: é preciso ainda combater o ressecamento da pele e ter ação
anti-idade. O FPS também tem que aumentar: 30 na cidade e acima de 60 no
litoral ou na piscina. Outro cuidado é o de espalhar o equivalente a dois
feijões do filtro no rosto. "Essas precauções são necessárias por causa da
maior tendência à flacidez cutânea e porque os melasmas pigmentam com muita
facilidade; às vezes, somente com o calor da radiação infravermelha",
justifica Fernanda Casagrande. Ela lembra que esse tipo de mancha pode aparecer
por três fatores: genético, hormonal ou devido à exposição solar. "O
protetor praticamente anula um desses fatores. Com isso, o aparecimento das
manchas é muito menor", completa. Para reforçar a proteção, a
dermatologista Doris Hexsel, de Porto Alegre, ensina a usar base ou pó com FPS
15, pelo menos, e retocá-los a cada quatro horas. "Eles são tudo de bom,
pois têm textura agradável, aderem bem à pele, oferecem boa cobertura e são
fáceis de aplicar", diz a médica.
Veja também: A pele dos 20 aos 60 anos: 1ª
parte 20 anos, 2ª
parte 30 anos, 3ª
parte 40 anos, 5ª parte 60 anos
Fonte: M
de mulher