Dos brinquedos às armas: conheça as crianças que lutam por
grupo radical no Iraque. Os recentes atentados vitimaram dezenas de civis. Depois
da invasão de várias regiões do Iraque por forças do grupo radical Estado
Islâmico no Iraque e Levante (Isis, na sigla em inglês) o país está à beira de
uma guerra civil. A retirada de civis e cenas de assassinatos em massa chamou a
atenção da comunidade internacional.
Um vídeo divulgado na última terça-feira (17) mostra dezenas
de crianças armadas, acompanhando o assassinato de presos. De acordo com o
tabloide britânico Daily Mail, a maioria das crianças não passa de oito anos.
O Isis busca criar um Estado Islâmico na fronteira
sírio-iraquiana que segue os preceitos medievais muçulmanos sunitas. O grupo
tem tido apoio de muitas milícias armadas de origem sunita. As crianças são
convocadas e orientadas por adultos que entregam armas automáticas para que
elas combatam o "inimigo". Na foto, uma criança aparece com
dizeres que exaltam Alá.
Ainda segundo o Daily Mail, um conflito em Baquba,
cidade próxima à capital Bagdá, deixou mais de 44 membros do Isis mortos. Dessa
forma, os líderes do grupo extremista convocam inclusive crianças para lutarem
nos ataques. Por causa da escalada de violência, os Estados Unidos e o Irã
formaram uma aliança inesperada para criar uma ofensiva contra o grupo.
As crianças que participam do grupo, muitos filhos dos
rebeldes, são obrigadas a assistirem ao assassinato de muitos civis a pouca
distância. Os prisioneiros são obrigados a se ajoelharem e são
alvejados na cabeça e nas costas, na presença dos menores de idade.
Depois das violentas mortes, os homens comemoram e orientam
que as crianças façam o mesmo. As autoridades iranianas fecharam refinarias de
petróleo para diminuir os confrontos, e dessa forma, o país enfrenta grande
dificuldade em gerar eletricidade e bombear água para sustento das cidades
castigadas por altas temperaturas.
Segundo o Daily Mail, o número de mortos é bastante
controverso. Porém, de acordo com funcionários do necrotério local, muitos
tinham ferimentos de bala na cabeça e no peito. Todos os entrevistados pediram
anonimato por medo de represálias por parte do Isis.
Cerca de 300 soldados das Forças Armadas norte-americanas
estão se posicionando dentro e ao redor do Iraque para ajudar os civis que
estão no fogo cruzado. Enquanto isso, Obama discute com membros do governo
para decidir uma possível intervenção.
Forças xiitas, contrárias ao domínio sunita do Isis, também
se uniram contra o grupo fundamentalista. De ambos os lados, os grupos
permanecem com muito armamento.
Os grupos xiitas, sunitas, os curdos e forças do governo
iraquiano estão recrutando homens e jovens para lutarem por seus ideais. Dessa
forma, a comunidade internacional parece ainda mais disposta a intervir no
conflito.
Fonte: Daily Mail, R7
Foto:
Reprodução/dailymail.co.uk