Quando a cirurgia plástica reparadora é indicada?


O Brasil é um dos líderes mundiais em cirurgias plásticas, o que demonstra uma grande preocupação estética por parte da população. Apesar disso, muitos pacientes desconhecem as indicações e o que é a cirurgia reparadora.
Nos últimos anos houve um crescimento na realização da cirurgia reparadora. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2009 esse tipo de procedimento correspondia a 27% do total das cirurgias plásticas, enquanto em 2013 essa proporção passou para 40%.
Apesar do crescimento, essa especialidade ainda é menos conhecida do que as cirurgias plásticas estéticas, portanto, saiba mais sobre o tema a seguir!
O que é a cirurgia plástica reparadora?
O objetivo da cirurgia reparadora é reverter lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos que comprometam a saúde, o bem-estar ou a funcionalidade de alguma parte do corpo do paciente.
Nesse sentido, esse tipo de cirurgia costuma ser indicado como qualquer outra modalidade cirúrgica, sendo que, por vezes, o paciente submetido não tem escolha caso deseje retomar a normalidade da vida e o próprio bem-estar.
Essa é uma das principais diferenças entre a cirurgia reparadora e o procedimento estético, pois nesse segundo caso o paciente visa corrigir incômodos e imperfeições relacionados a forma, contorno ou tamanho, mas a não realização da técnica não interfere nas suas capacidades físicas.
Quando a cirurgia reparadora é indicada?
Existem diversos casos nos quais a cirurgia reparadora é recomendada, pois há diversas situações nas quais uma condição física pode proporcionar desvio na funcionalidade original.
Destaca-se ainda que algumas condições físicas podem comprometer a saúde emocional dos pacientes, de forma que apenas o trabalho conjunto entre cirurgião plástico e psicólogo pode determinar a indicação da técnica nesses casos.
Portanto, a cirurgia reparadora pode ser indicada em casos nos quais o paciente sofreu um acidente com comprometimento estético/funcional, após uma doença ou mesmo em caso de problemas congênitos. A seguir conheça algumas das principais situações nas quais a técnica é recomendada:
  • Queimaduras: em casos de queimaduras de segundo e terceiro grau ocasionadas por acidentes é preciso recorrer a cirurgia reparadora para reconstruir a área afetada e ter a sua funcionalidade devolvida, recuperando a aparência e elasticidade da pele;
  • Câncer de mama: uma das técnicas reparadoras mais conhecidas e realizadas é a reconstrução mamária em pacientes que foram submetidas a mastectomia após o diagnóstico de câncer de mama;
  • Lábio leporino: um exemplo de patologia congênita que demanda a realização de uma cirurgia reparadora é o lábio leporino. A condição consiste em uma fenda no lábio e no palato (céu da boca) que ocorre devido à má-formação da boca no desenvolvimento intrauterino;
  • Pintas e sinais: ainda que aparentem ser inofensivas, algumas pintas ou sinais mais pigmentados podem apresentar riscos de câncer de pele quando sofrem mudanças na aparência como na cor, diâmetro e aspecto das bordas. A remoção cirúrgica é indicada nesses casos;
  • Abdominoplastia: entre os procedimentos mais realizados está a abdominoplastia que consiste na remoção do excesso de pele após uma perda drástica de peso, o que em geral pode ocorrer após uma cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade.
Portanto, são diversos os casos nos quais a cirurgia reparadora é necessária para devolver a funcionalidade do paciente e também o bem-estar.
Todos os casos devem ser avaliados por um cirurgião plástico, que além do domínio das questões estéticas, tem clareza quanto à funcionalidade de cada aspecto e pode recomendar a realização do procedimento.
Em geral, a cirurgia reparadora é semelhante ao procedimento estético, mas depende diretamente do tipo de técnica que será adotada e de qual o caso avaliado pelo cirurgião plástico.